By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: REVISTA ISTOÉ – Imagem: José Cruz (Agência Brasil)
Após o assassinato de Marielle Franco, também do PSOL, em março de 2018, Jean Wyllys passou a andar escoltado. As ameaças de morte, já presentes há anos, aumentaram e fizeram ele abandonar a vida pública. “O Pepe Mujica [ex-presidente do Uruguai] quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: ‘Rapaz, se cuide, os mártires não são heróis’. E é isso, eu não quero me sacrificar”, afirmou.
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O fato de familiares de um ex-PM suspeito de chefiar a milícia
investigada pela morte de Marielle ter trabalhado para o senador eleito
Flávio Bolsonaro também assusta o parlamentar. “Me apavora saber que o
filho do presidente contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do
sicário. O presidente que sempre me difamou, que sempre me insultou de
maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim. Esse
ambiente não é seguro para mim”, acrescenta.O fato de ter sido acusado de pedofilia pelo deputado eleito Alexandre Frota (PSL) fez as denúncias aumentarem, segundo Wyllys. Ele venceu uma disputa na Justiça Federal, em dezembro do ano passado, que obrigou Frota a pagar uma indenização de R$ 295 mil.
Por fim, Wyllys afirma que há falta de liberdade no Brasil para continuar como parlamentar. “Como é que vou viver quatro anos da minha vida dentro de um carro blindado e sob escolta? Quatro anos da minha não podendo freqüentar os lugares que eu freqüento?”, completou.
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