By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
Após longa deliberação, a Câmara de
Deputados do Congresso da Argentina aprovou nesta quinta-feira, 14, um projeto
de lei que legaliza o aborto eletivo nas primeiras 14 semanas de gravidez.
Agora, a medida será enviada ao Senado. O presidente argentino, Mauricio Macri,
já afirmou que vai assinar a lei, caso ela seja aprovada pelos parlamentares.
A medida despertou grande divisão e
a votação foi apertada.
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O resultado na Câmara ficou em 129 a favor e 125
contra. Multidões de simpatizantes e opositores ao projeto acompanharam o
debate. Os lados opositores ficaram separados do lado de fora do Congresso,
onde grandes telas foram montadas para a população assistir à sessão
legislativa.
Defensores da medida disseram que a
legalização salvaria a vida de muitas mulheres que atualmente recorrem a
abortos ilegais e perigosos. Segundo estimativa divulgada em 2016 pelo
Ministério da Saúde argentino, o país tem cerca de meio milhão de abortos por
ano, e dezenas de mulheres morrem durante os procedimentos.
A Igreja Católica Romana, cujo
líder, papa Francisco, é argentino, se opôs ao projeto, afirmando ser uma
violação da lei que “garante a vida desde o momento da concepção”. Outras
instituições religiosas se juntaram ao coro católico.
Esforços para aliviar ou restringir
o aborto têm emergido por toda a América Latina nos últimos anos.
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No Chile, o
Tribunal Constitucional aprovou, no ano passado, uma medida que acabaria com a
proibição absoluta ao aborto no país, permitindo a interrupção da gravidez
quando a vida da gestante está em perigo, quando o feto não é viável e em casos
de estupro.
O Chile era o último país da
América do Sul que proibia o aborto em todos os casos. Várias nações da América
Central ainda mantêm a proibição absoluta. Cuba, Guiana, Porto Rico e Uruguai
permitem abortos eletivos a curto prazo, assim como a Cidade do México.
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