quinta-feira, 28 de junho de 2018

“É 1% ou nada”. Quem fala em índice maior está pensando na eleição, diz líder do governo


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANA PORTAL Imagem: Sandro Nascimento (Alep)

Após a mensagem da governadora Cida Borghetti (PP) propondo o reajuste de 1% nos vencimentos dos servidores públicos estaduais vinculados ao Poder Executivo ser lida na Assembleia Legislativa, o líder do governo na casa, deputado Pedro Lupion (DEM) defendeu a proposta, muito aquém dos 2,76% da inflação dos últimos 12 meses, índice exigido pelos servidores e aplicado na proposta de reajuste dos funcionários dos poderes Legislativo e Judiciário.
Lupion justificou que o número de servidores e a situação de caixa dos outros poderes é bem diferente da situação do Estado e disse que a proposta de 1% já representa um benefício aos funcionários públicos, pois a previsão orçamentária do ano era pela manutenção do congelamento, repetindo os últimos dois anos.
“O Orçamento que a governadora recebeu era para não dar a data base. Era para ser zero. Estamos descongelando, retomando o diálogo, atendendo de alguma maneira. O índice que se conseguiu foi o de 1%. Era para gerar uma reação positiva, porque não seria nada. Não entendo por que da briga referente ao índice. O 2,76% o governo não tem condições de dar.
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O 1% é um grande avanço, que demonstra a boa vontade da governadora com os servidores”, disse o deputado.
Lupion afirmou ainda que, Cida Borghetti é pré-candidata à reeleição e, a quatro meses do pleito, seri de interesse dela conceder o reajuste pretendido pelos servidores. “Ela é pré-candidata e se tivesse condições de dar 2,76%, certamente ela daria”, disse, sem afirmar, no entanto, que a decisão de descongelar os vencimentos dos servidores tem relação com o processo eleitoral.
O deputado ainda criticou a postura dos parlamentares contrários à proposta, “Muitos que estão dizendo que vão emendar o projeto para dar o índice que os servidores pedem são os mesmos que estão há três anos votando para zerar o reajuste. Chegou o ano da eleição, mudou a conversa”, questionou.
Pré-candidato ao governo, Ratinho Júnior (PSD) foi um dos que criticou o reajuste proposto. “Se é para dar 1%, é melhor não dar. Servidor já está há três anos fazendo sacrifício, e tinha que fazer mesmo, porque a situação exigia isso, o governo não tinha condições de fazer o reajuste naquele patamar de inflação. Agora, no patamar de 2,6% fica mais plausível. Mas se for para dar 1%, é melhor não dar. Isso é fingir que está aumentando alguma coisa no salário dos servidores”, disse.
Liderando uma grande bancada, composta por PSD e PSC, o deputado indicou a intenção de apresentar emenda ao projeto do Estado. “Votaremos de acordo com o que foi encaminhado para os demais poderes. Esperamos amanhã fazer uma emenda mostrando onde pode ser cortado do Orçamento do governo” , afirmou.
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Ratinho disse que a alfinetada de Lupion não o atinge, pois ele não participou da votação do congelamento. “Eu não estava deputado, era secretário de estado e meu suplente, Evandro Araújo, votou a favor do servidor. Mas, naqueles anos, a inflação estava estava em 13%, 14%, e o Estado passava por uma crise gravíssima. Agora o índice é baixo e o governo tem mostrado que tem muito caixa, está fazendo vários eventos públicos com os prefeitos para anunciar investimentos”, respondeu.
Apresentado na tarde desta segunda-feira na Assembleia, o projeto recebeu tratamento em regime de urgência, devendo passar pelas comissões de Constituição e Justiça e de Finanças antes da sessão de terça-feira, para que seja colocado em pauta juntamento com as propostas de reajuste para os servidores do Legislativo e do Judiciário.


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