By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu novamente nesta
segunda-feira (22) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do senador
afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado afastado Rodrigo Rocha
Loures (PMDB-PR).
A PGR recorreu da decisão do ministro Edson Fachin, relator da Operação
Lava Jato, que negou na semana passada, em decisão monocrática, a
prisão preventiva (antes da condenação) dos parlamentares.
Com o recurso, o pedido deverá agora ser analisado pelo plenário do STF, formado pelos 11 ministros da Corte.
O advogado José Luis Oliveira Lima, que faz a defesa de Rodrigo Rocha
Loures, afirmou que não há qualquer motivo para a prisão do deputado
afastado e disse que aguarda o plenário do Supremo mantenha a decisão
que negou o pedido de prisão feito por Janot. "O deputado, no momento
oportuno, irá prestar todos os esclarecimentos devidos", disse.
O advogado Alberto Toron, que faz a defesa de Aécio Neves, informou que
aguarda ser intimado sobre o pedido da PGR "para apresentar suas
contrarrazões, oportunidade em que demonstrará a impropriedade" do
pedido. Tambem afirmou que ingressará no STF com um pedido para revogar o
afastamento do senador do mandato "por falta de base legal e
constitucional".
O órgão entende que Aécio e Loures foram pegos em “flagrante por crime
inafiançável” na tentativa de obstruir as investigações da Operação Lava
Jato, com base nas gravações realizadas pelos donos da JBS, entregues
na delação premiada da empresa.
Ao analisar o pedido, Fachin considerou que não havia necessidade da
prisão preventiva e que o afastamento do exercício das funções
parlamentares já era medida suficiente para evitar eventuais prejuízos à
investigação.
Janot, no entanto, argumentou que as gravações e interceptações
telefônicas demonstrariam que Aécio e Loures “vem adotando, constante e
reiteradamente, estratégias de obstrução de investigações da Operação
Lava Jato”.
O procurador-geral acrescentou que só não pediu a prisão de ambos
antes, quando recebiam dinheiro da JBS, para poderem coletar mais
provas. Janot também mencionou “uso espúrio doo poder político” e
“encontros indevidos em lugares inadequados” para justificar o pedido de
prisão.
“No tocante às situações expostas neste recurso, a solução não há de
ser diversa: a excepcionalidade dos fatos impõe medidas também
excepcionais”, diz Janot.
O julgamento em plenário ainda não tem data para ocorrer. Caberá agora
ao ministro Edson Fachin pedir a presidente do STF, Cármen Lúcia, para
marcar uma data de julgamento. Antes, poderá ouvir as defesas de Aécio e
Rocha Loures.
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE
RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS.
OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.