By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: UOL – Imagem: Divulgação
"Os
olhos dela brilharam". É assim que Adriana Rosa Moreira, 30 anos, resume a
reação da filha ao saber que Dudu, capitão palmeirense, havia entrado em uma
campanha para ajudá-la. Com apenas três anos, Rafaela tem uma rara doença
neuromuscular, conhecida como a Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo1, e só
respira por aparelhos. Não consegue falar e se movimenta pouco, embora tenha
consciência de tudo que a cerca. Hoje, sua família se agarra a um tratamento
caro, baseado em uma medicação fabricada nos Estados Unidos, que custaria mais
de R$ 3 milhões. É aí que entra o camisa 7.Dudu soube da história de Rafaela
por intermédio de um amigo de infância, o sobrinho do pai da garotinha,
Maurício Prudêncio da Silva. A proximidade se estende às raízes do famoso
jogador: Dudu e Rafa são de Goiânia, cidade para onde o meia-atacante sempre
retorna em períodos de folga e férias. Os laços despertaram comoção e interesse
na história.
Já
consagrado na carreira – ganhou no ano passado o título mais importante do país
e recentemente vestiu a camisa da seleção brasileira -, Dudu aproveitou a
própria popularidade para ajudar. O camisa 7 cedeu a camisa utilizada na
vitória sobre o Atlético Tucumán-ARG para um leilão, aberto a lances até o dia
6 de junho nas suas redes sociais (Facebook e Instagram , via mensagens
privadas).Até o momento, a família tem uma proposta de R$ 6 mil como a mais
alta pela camisa usada por Dudu. Mais que a compensação financeira – pequena,
se comparada ao dinheiro necessário para o tratamento -, o meia palmeirense traz
esperança aos pais e, especialmente, para Rafaela, que não se comunica por
respirar com a ajuda de aparelhos médicos.
"Ela
deu o sorriso mais lindo do mundo quando a gente mostrou o que o Dudu fez. Ela
tem a esperança e quer saber se poderá andar e falar. Ela vê a irmãzinha [um
ano e sete meses] e fica louca querendo fazer igual. É uma esperança a
mais", relatou a mãe, Adriana, em conversa com a reportagem do UOL
Esporte.
"Ela
é consciente de tudo, só não tem os movimentos pela doença atingir diretamente
a coluna. A Rafa entende tudo o que você fala, se comunica com a gente com os
olhos; e os olhos dela brilharam", destacou Adriana, que, ao contrário do
marido, ainda não conheceu pessoalmente a estrela do atual campeão brasileiro.
"Fiquei
bem feliz porque estou recebendo muitas mensagens e agradeço demais o carinho.
Mesmo quem não tem condição de oferecer um valor alto pela camisa está doando
direto na conta da família. Espero que essa campanha ajude a pequena Rafaela a
vencer essa batalha", disse Dudu à reportagem.
Tratamento
aprovado nos EUA
Rafaela
nasceu sem a doença neuromuscular, com "movimentos naturais de bebê",
conforme relato da mãe. Somente com seis meses de vida os pais notaram a falta
de desenvolvimento nas reações da filha. Segundo eles, a menina não sentava,
não firmava o pescoço e começou a perder os movimentos gradativamente. Em
dezembro de 2014 veio o diagnóstico final de AME.
"Com
oito meses a levamos no ortopedista e começaram a fazer fisioterapia, mas foi
regredindo cada dia mais; só a respiratória fazia efeito, a Rafa conseguia
respirar normalmente. Mas, com nove meses, veio uma pneumonia e ela foi parar
na UTI", contou Adriana, antes de contar à reportagem o desenvolvimento do
quadro de AME."A Rafa fez traqueostomia e muitas outras coisas. Ficamos um
ano e sete meses na UTI. Foi neste período que veio o diagnóstico concluído.
Imediatamente, nós começamos a pesquisar e fomos achando a explicação para tudo
o que a Rafaela teve nos últimos três anos", acrescentou.
A
questão financeira atrasa o início do tratamento mais indicado para Rafaela.
"Foi lá que saiu o tratamento. Não tinha cura, mas fizeram estudos e
chegaram a este remédio, que foi liberado no ano passado. Crianças estão
conseguindo andar, e só uma até agora conseguiu este tratamento no Brasil, um
menino de São Paulo", explica a mãe.
"São
três anos de tratamento para a criança alcançar a meta de sair do respirador.
Todo mês a criança terá de tomar a medicação, que é uma espécie de injeção que
elas dão para a criança. O menino brasileiro, que é mais novo, já está até
mexendo as mãos, mas a Rafaela ficou muito tempo na UTI e acabou perdendo ainda
mais movimentos", lamenta.
Riscos
Adriana
e a família possuem pouco tempo para arrecadar pelo menos o dinheiro necessário
para bancar o primeiro ano de tratamento – cerca de R$ 1,5 milhão. Rafaela
sofre com a fragilidade do próprio corpo, exposto a elementos indesejados como
bactérias e vírus. Nem a UTI é tão segura para a menina, segundo relatos da
mãe.
"Cada
vez que demora mais, mais vem risco de morte. Pode pegar qualquer infecção,
voltar para a UTI é perigoso. Cada vez que tomar a medicação americana, ela sai
do respirador e consegue respirar sozinha", afirmou.
"Se
a gente tiver uma pessoa que possa ajudar a transportar o remédio para cá, já
ajudaria muito. O máximo que a gente tem de fazer é ir para São Paulo, que os
hospitais são mais preparados. Queremos trazer o remédio para o Brasil. Se a
criança pega uma simples gripe ou outra coisa grave, os remédios em casa
tornariam tudo mais fácil", explicou.
Doações
Quem
estiver interessado em auxiliar Rafaela pode fazer doações na conta abaixo:
Rafaela
Vitória Moreira da Silva
Banco
Itaú
Poupança
Agência:
7938
Conta:
11455-5/500
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE
RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS.
OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.