segunda-feira, 12 de maio de 2014

Veja essa: Geração Brasil, da Globo, é 40, de Campos, 45, de Aécio



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Blog do Esmael Imagem: Blog do Esmael

Às favas com sutilezas e dissimulações. Na nova novela das sete da noite, que ‘entrega’ audiência para o Jornal Nacional, principal produto editorial da emissora dos três Marinho, só não vê quem não quer. Numa mistura de letras e números, como códigos de computadores, o logotipo de Geração Brasil destaca de maneira pouco disfarçada os números 40, na primeira linha, e 45, na segunda. São também esses os números que estarão nas urnas eletrônicas de outubro identificando, respectivamente, os candidatos Eduardo Campos, do PSB, e Aécio Neves, do PSDB. Coincidência? A julgar pelo histórico de parcialidade política da Globo, não.
A mensagem subliminar a favor do 40 e do 45 se dá à frente de uma trama em torno de um brasileiro que fez fama e fortuna nos Estados Unidos no sofisticado ramo da tecnologia de computadores. É fácil entender porque o logotipo da novela contém elementos alfanuméricos, assim como são os códigos dos computadores, mas a questão está no resultado dessa mistura. Entre as infinitas combinações que poderiam ser feitas, escolheu-se as que permitem ler 40 e 45. Não há chance de se enxergar, por exemplo, um 13 ali, o número do PT. Ou um 14, que representa o PMDB. Também não para ver o 11 do PP ou o 55 do PSD. Mas o 40 e o 45 estão lá.
Em qualquer outra emissora, a, digamos, coincidência poder passar batido. Tome-se, por exemplo, a Rede Bandeirantes. Desde 1989, a emissora da família Saad promove debates presidenciais, mas nenhum deles foi acusado de ter ardis contra candidatos.
Na Globo de João Roberto Marinho e seus dois irmãos, no entanto, é diferente. Também em 1989, no debate entre os então presidenciáveis Fernando Collor e Lula, já em pleno segundo turno, o primeiro entrou com uma pasta que escondia papéis sem valor. Mas brilhou no ar como se contivesse um dossiê contra Lula. No dia seguinte, a edição do Jornal Nacional entrou para na história pela edição do debate, francamente favorável a Lula. Em suas memórias, o então chefão global Boni admitiu, divertindo-se, que muito fora feitos nos bastidores para prejudicar Lula.
Antes, em 1982, quando o adversário político dos Marinho, no Rio de Janeiro, era o então candidato a governador Leonel Brizola, a emissora contratou a consultoria Proconsult para realizar uma apuração paralela à oficial. Enquanto as urnas deram a vitória a Brizola, a Proconsult tudo fez para que os resultados de sua contagem apontasse outro vencedor. Mas deu errado.
Para quaisquer dúvidas a respeito do DNA ideológico da Globo, basta lembrar que a emissora nasceu e floresceu durante e à sombra da ditadura militar. Agora, em tempos de democracia, as preferências globais se mostram de outra maneira – de reportagens especiais no Jornal Nacional até o pensamento único que alinha seus comentaristas, passando também, ao que se vê, pelo logotipo de Geração Brasil.

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