By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Autossus Tentável – Imagem: Divulgação
A cada dia descobrimos uma nova utilidade para os resíduos
que produzimos. Prova disso é o reuso da garrafas. São inúmeras coisas que
podemos fazer através da reciclagem deste produto. A artesã boliviana Ingrid
Vaca Diez desenvolveu uma técnica para construir casas com as garrafas. Algo
improvável, que pode ser a solução para a moradia de famílias de baixa renda.
Casas de Botellas é o nome da
iniciativa criada pela boliviana Ingrid Vaca Diez. Envolvida com trabalho
voluntário desde pequena e apaixonada por artesanato, a advogada de Santa Cruz
de La Sierra teve a ideia de construir casas de garrafas PET para famílias em
situação de extrema pobreza após uma briga com o marido, que não aguentava mais
a quantidade de ‘entulho’ que Ingrid guardava em casa para trabalhos manuais.
“Dá para construir uma casa com esse monte de PET”, reclamou o parceiro em tom
de ironia – o que bastou para acender uma luz na cabeça da boliviana.
Para construir uma "Casas de Botellas" (casas de garrafas) é
necessário, garrafas PET, garrafas de vidro, cimento, cal, areia, cola,
sedimentos, resíduos orgânicos, aros e glicose. A primeira casa edificada por
Ingrid teve 170m² e nela foram utilizadas 36 mil garrafas plásticas de dois
litros.
As garrafas, recheadas de resíduos e sedimentos diversos formam as
paredes, que após amarradas, são fixadas com cal e cimento. Como a casa criada
por Ingrid se tornou um projeto social, os outros materiais necessários para o
acabamento, inclusive os móveis, são doados por empresas ou instituições
regionais.
14 anos depois de começar o projeto, a boliviana
já tem no currículo mais de 300 moradias construídas para famílias em situação
de extrema pobreza – não só na Bolívia, mas em outros países da América Latina,
como Argentina, México, Panamá e Uruguai.
Ingrid
garante que é possível construir uma casa em 20 dias, com a ajuda de cerca de
10 voluntários – contando os futuros moradores, que ela faz questão de que
participem do processo para dar mais valor à moradia. O problema é que falta
matéria-prima e mão de obra disposta a trabalhar “apenas” para ajudar o próximo.
Construir
no Brasil está nos planos da boliviana, que está bem animada. Para ela, o povo
brasileiro é mais receptivo ao trabalho voluntário e também tem a cultura da
reciclagem mais sedimentada, em relação aos outros países da América Latina, o
que facilita a coleta das garrafas PET. Com tanto entusiasmo, certamente a
advogada vai conquistar o coração de muita gente boa por aqui. Mais detalhes.
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS
IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU
CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.