terça-feira, 13 de maio de 2014

Campanha de vacinação contra febre aftosa vai até o dia 31

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Edilson Kernicki (Rádio Najuá) Imagem: Divulgação
O Paraná lançou na semana passada a primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. A vacinação de bezerros de zero a 24 meses deve ser feita até o dia 31 de maio. No lançamento da campanha, na Fazenda Sol Poente, em Campo Magro, Região Metropolitana de Curitiba, foi destacada a sanidade do rebanho paranaense e a retomada da exportação para a Rússia, após nove anos de embargos. O Estado recuperou a confiança do mercado russo, que é bastante exigente. Quatro frigoríficos paranaenses já estão credenciados para exportar para lá.
Animais acima de 24 meses estão dispensados da vacinação contra a febre aftosa. Porém, produtores que só tenham animais acima dos 24 meses, devem atualizar os dados de seu rebanho, ainda que não precisem vaciná-lo, explica a médica veterinária da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) de Irati, Cristina Barra do Amaral Bittencourt.
O pecuarista deve observar o cuidado de manter sempre a temperatura da geladeira de 2° C a 8° C, para a conservação das propriedades da vacina. Ao retirar a vacina da geladeira até o local da aplicação, transportar numa caixa com bastante gelo, para evitar troca de calor com o ambiente. Além disso, deve usar seringas e agulhas bem limpas e fervidas, para evitar contaminação. A vacinação deve ser feita nas horas mais frescas do dia, sem estressar os animais, para que ela tenha seus efeitos bem aproveitados, a fim de que o bezerro crie anticorpos e fique imune à doença.
Comprovação
A novidade da campanha é a comprovação online da vacinação do rebanho. Na segunda etapa de vacinação de 2013, em novembro, os pecuaristas receberam o Cartão do Produtor, em que consta o nome completo, o número do INCRA e o número do CPF do produtor. “De posse desse cartão, o produtor deve chegar à loja veterinária de sua preferência e fazer a compra da vacina. A loja vai emitir a nota fiscal de venda da vacina e na própria loja pode ser feita a comprovação online. Significa que da loja onde ele comprou a vacina, já sai a comprovação via computador direto para o nosso sistema informatizado, mas isso só será possível se o produtor levar o cartão contendo seus dados e também a relação do gado existente na propriedade”, instrui a veterinária.
A previsão é de que sejam vacinadas 4,25 milhões de cabeças de gado jovem em todo o estado, o que equivale a 45% do rebanho paranaense, conforme a Secretaria Estadual de Agricultura. A segunda etapa, em novembro desse ano, estende a vacinação a todos os animais dos rebanhos de gado bovino e bubalino. “Produtores que não fizerem a vacinação ou a comprovação estarão sujeitos a multa”, lembra Cristina.
O prazo para a movimentação, depois da vacinação, para animais de primeira dose, ou seja, os terneiros recém-nascidos, é de 15 dias. “Somente 15 dias depois da vacina é que o animal poderá ser transportado”, frisa a veterinária. Se for um animal já de segunda dose, acima de seis meses de idade, o prazo é reduzido para sete dias. No caso de animais que tomarão a terceira dose, ou seja, com mais de um ano, o trânsito pode ser imediato.
Brucelose
Além da febre aftosa, outra vacina obrigatória é contra a brucelose das bezerras. A veterinária explica que sem essa imunização, o pecuarista não obtém a Guia de Trânsito Animal (GTA). Essa vacina é aplicada por um veterinário, que emite um atestado e aplica nas bezerras um brinco identificando que elas foram imunizadas. A vacinação é feita durante o ano todo, em bezerras com idades entre três e oito meses.
GTA
A GTA é uma guia obrigatória e é o documento que legaliza qualquer trânsito animal, ainda que seja para um produtor vizinho e o animal vá puxado por uma corda, assim como se for vendido para frigoríficos ou abatedouros ou para reprodução, transportado em caminhões. “Para qualquer finalidade que o animal for ser transportado, tem que ser legalizado esse trânsito através da Guia de Trânsito Animal (GTA). Para o produtor conseguir a GTA, ele tem que estar em dia com as duas vacinas obrigatórias: febre aftosa e brucelose”, aponta a veterinária.
O Paraná é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como Área Livre de Febre Aftosa, ao lado de outros 14 estados brasileiros, o Distrito Federal e a região Centro-Sul do Pará.
Doença do Mormo
De acordo com a veterinária, houve um caso recente de doença do Mormo, que incide sobre os cavalos, detectado na semana passada, depois do feriado do Dia do Trabalho. “Com isso, foi estabelecida uma nova portaria. Para o controle dos eventos agropecuários, é exigido o exame do Mormo individual de cada cavalo. Animais que forem participar de rodeios, ‘vaca gorda’, corrida ou qualquer evento que tenha aglomeração de cavalos, agora vão precisar também apresentar o exame do Mormo, além do exame que já era pedido, que era de anemia infecciosa equina”, ressalta.

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