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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: AFA fenilefrina, um ingrediente-chave em muitos
descongestionantes nasais vendidos nos Estados Unidos e no Brasil, foi
considerada ineficaz por um grupo de consultores da FDA, a Agência de
Alimentos e Medicamentos dos EUA.
Os conselheiros da agência votaram unanimemente contra a eficácia da droga especificamente na sua forma oral, encontrada
em diversos medicamentos vasoconstritores, ou seja, que promovem a
redução do inchaço e inflamação das mucosas do nariz.
"Estudos modernos, quando bem conduzidos, não mostram qualquer melhora
no congestionamento com a fenilefrina", disse o Dr. Mark Dykewicz,
especialista em alergias na Escola de Medicina da Universidade Saint
Louis à Associated Press.
A fenilefrina ganhou popularidade como substituta da pseudoefedrina no
início dos anos 2000, quando esta última substância foi restringida nos
Estados Unidos devido ao seu uso indevido na produção de metanfetamina.
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Agora, se a FDA seguir as recomendações do painel (o que geralmente
acontece), gigantes farmacêuticas como a Johnson & Johnson e a Bayer
poderão ser obrigadas a retirar das prateleiras americanas seus
medicamentos orais contendo fenilefrina.
O g1
questionou a Anvisa se agência planeja avaliar a eficácia da
fenilefrina em medicamentos vendidos no Brasil, mas não recebeu
posicionamento até a mais recente atualização desta reportagem.
A reportagem também entrou em contato com fabricantes de medicamentos
do tipo no país, como a Hypera Pharma (responsável pelo Benegrip Multi,
Neolefrin, Coristina D, etc.) e o Grupo NC (responsável pelo Multigrip,
ResfeGripe, e etc.).
A assessoria do NC recebeu a demanda e informou que estava verificando o posicionamento da empresa.
Já a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado
em Saúde (ACESSA), da qual a Hypera Pharma faz parte, disse em nota que
está acompanhando a revisão da fenilefrina oral pela FDA e que reforça a
segurança dos medicamentos sem prescrição contendo a substância no
Brasil.
Disse ainda que continuará monitorando a situação e colaborando com a
Anvisa, aguardando mais informações da FDA para orientar os consumidores
sobre o uso seguro e eficaz dos produtos.
"Como ainda não há uma decisão sobre o tema, à medida que mais
informações forem disponibilizadas pela FDA e outras agências
reguladoras, estaremos preparados para avaliar de forma proativa e
apropriada, fornecendo orientações claras e precisas aos consumidores",
acrescentou (veja a nota na íntegra ao final do texto).
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A análise se baseia em novas descobertas sobre como o corpo processa a
fenilefrina quando a droga é tomada por via oral. Isso porque estudos
indicam que apenas uma pequena quantidade da substância atinge o nariz
para aliviar a congestão quando a fenilefrina é ingerida dessa forma.
Com base nesses estudos, pesquisadores da Universidade da Flórida
solicitaram então à FDA a remoção da maioria dos produtos de fenilefrina
do mercado americano.
Por isso, nesta terça, membros desse painel consultivo proferiram seu
voto em relação a seguinte pergunta: "Os dados científicos atuais
apresentados apoiam que a dose monografiada de fenilefrina administrada
oralmente é eficaz como descongestionante nasal?".
Houve então um consenso entre os 16 membros do comitê, e todos concordaram que não há necessidade de investigar o assunto mais a fundo em futuras análises.
Nota da ACESSA sobre a fenilefrina oral
"A
Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em
Saúde (ACESSA), antiga ABIMIP, está atenta à recente discussão e revisão
da eficácia da fenilefrina oral, conduzida pela Food and Drugs
Administration (FDA) nos Estados Unidos.
A
ACESSA destaca a importância da segurança do consumidor e reafirma que
os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) contendo fenilefrina,
amplamente utilizados para o alívio de sintomas da gripe e resfriado
comuns, como febre, dor, coriza e congestão nasal, tiveram sua segurança
comprovada pela Anvisa e continuam disponíveis no mercado brasileiro.
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A
segurança e a eficácia dos produtos de Autocuidado em saúde são de
extrema importância para a ACESSA e suas associadas. Continuaremos a
monitorar de perto esta situação em evolução e a colaborar com a Anvisa
para garantir que as melhores decisões sejam tomadas em prol da saúde e
do bem-estar dos consumidores.
Como
ainda não há uma decisão sobre o tema, à medida que mais informações
forem disponibilizadas pela FDA e outras agências reguladoras, estaremos
preparados para avaliar de forma proativa e apropriada, fornecendo
orientações claras e precisas aos consumidores sobre o uso seguro e
eficaz de produtos de Autocuidado".
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