By:
INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RADIO NAJUA – Imagem: DivulgaçãoEm entrevista à Najuá, o deputado federal Tadeu Veneri (PT) disse que a
Lei Geral das Universidades (LGU, Projeto nº 728/2021) e a Reforma
Administrativa, que está tramitando no Congresso Nacional desde 2021,
precisam de mais debate com a população.
“A ambas me parece faltar o essencial, que é um debate com a
comunidade escolar e a população. Às vezes, este debate ajuda para que
possamos reduzir as arestas. No caso da LGU, falei sobre isso a vários
diretores de campus e universidades e principalmente conversei muito com
o secretário Aldo. Talvez, se nós tivermos um debate mais aprofundado,
estas situações acabem sendo diminuídas, do ponto de vista da sua
resistência”, frisou.
Para o deputado, a LGU ainda tem uma série
de situações que precisam ser aplicadas. Ela estabelece, por exemplo,
que , em três anos, pelo menos 50% dos alunos aprovados no vestibular
estejam formados.
Continua depois da
publicidade
Entretanto,
para Veneri, isto não significa que as universidades devam aprovar até
alunos que não estejam aptos para exercer suas profissões.
“Não
significa que você vá aprovar todos indistintamente, sem que haja
condições de serem aprovados, simplesmente para concluírem o curso, como
tem acontecido no Ensino Médio, com a tal Prova Paraná. Eu já denunciei
isto várias vezes e agora tentaram fazer em São Paulo, que tem
resistido a esta ideia. Significa dizer que nós precisamos dar uma
atenção especial aos pontos que hoje são “gargalos” dentro da
universidade e que muitos deles podem ser resolvidos se nós tivermos um
olhar diferenciado”, declarou.
Evasão nas universidades
Um dos problemas que poderia ser resolvido com uma melhor aplicação da LGU seria a evasão dentro das universidades.
Veneri aponta duas situações que contribuem para esta situação: a falta
de moradias para estudantes e a questão da alimentação, além da
dificuldade do transporte público para as instituições.
“É
incrível, mas temos ainda muitos alunos que não conseguem ficar na
universidade porque não têm como se sustentarem. Não têm transporte,
alimentação, moradia. Este aluno passa no vestibular ou vem por outros
mecanismos para a universidade, mas depois não consegue ficar porque não
há como se manter. Aí, ele passa a trabalhar durante um período: se as
aulas forem durante o dia, ele passa a trabalhar à noite; se forem à
noite, ele trabalha durante o dia e à noite não consegue ir (para a
aula) e, em um prazo muito curto, de 6 meses a 1 ano, ele acaba
desistindo”, frisou.
Continua depois da
publicidade
Outro
problema apontado por Veneri junto às universidades estaduais é o baixo
investimento por parte do poder Executivo estadual no Ensino Superior. “Embora
as universidades, no seu todo, para alguns custem muito, trazem
recursos muito grandes para os municípios e hoje estão sendo
subfinanciadas. Estamos vivendo um período em que há, já há mais de seis
anos, uma defasagem salarial significativa para professores e
funcionários. Falta financiamento para você recuperar espaços públicos
dentro das universidades, que estão com uma situação muito delicada na
sua manutenção. Isto tudo precisa ser debatido: enquanto não
conseguirmos debater com a sociedade, vamos ficar sempre fazendo
discussões que não são exatamente aquelas que podem ajudar a construir o
que nós todos queremos: uma universidade pública, eficiente, gratuita e
que possa abrigar a todos”, comentou.
PEC da anistia
Outro
assunto abordado por Veneri foi a Proposta de Emenda à Constituição nº
09/2023, que proíbe a aplicação de sanções aos partidos políticos por
descumprimento da cota mínima de recursos para as candidaturas femininas
até as eleições de 2022 ou pelas prestações de contas anteriores a 05
de abril de 2022, data em que o Congresso Nacional promulgou a Emenda
Constitucional nº 117/2022, que impõe aos partidos políticos a aplicação
de recursos do fundo partidário na promoção e difusão da participação
política das mulheres, bem como a aplicação de recursos deste fundo e do
Fundo Especial de Financiamento de Campanha e a divisão do tempo de
propaganda gratuita no rádio e na televisão, em um percentual mínimo de
30% para candidaturas femininas.
Esta PEC, que não chegou nem a
ser votada no Congresso Nacional, cria uma situação muito polêmica, na
opinião do deputado. “Eu havia me manifestado publicamente contrário à
votação, eu não votaria se ela viesse, avisei ao meu partido, mesmo com
toda a consideração do partido. A PEC 09 prevê, entre outras coisas, que
você tenha, por um lado, a anistia de todas as dívidas dos últimos anos
dos partidos políticos. Nós até podemos discutir que as multas
aplicadas sejam draconianas, injustas, feitas talvez de forma
extemporânea, que o TRE ou o TSE extrapolem as suas funções, podemos
fazer este debate, não há nada que seja tabu, mesmo porque tribunais são
compostos por servidores públicos e, como tais, precisam prestar contas
dos seus atos, como todos nós precisamos”, afirmou.
Continua depois da
publicidade
O deputado criticou a anistia dada pela PEC a alguns partidos que
deixaram de cumprir as cotas para negros e mulheres na última eleição.
“Você faz a lei dizendo que tem que ter x% de mulheres, negras e negros,
e não cumpre? Obviamente que deve haver sanção. Os partidos políticos
têm dificuldade para prestar contas porque há uma série de burocracias
dentro da sua estrutura, assim como os pequenos municípios, que têm
dificuldade para contratar um contador, um advogado, para abrir conta em
um banco. Isto tem que ser superado de uma forma negociada e não pode
simplesmente ser feita uma anistia, que pega muito mal”, pontuou.PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP.
GRUPO 2 - CLIQUE AQUI.
GRUPO 1 - CLIQUE AQUI.
GRUPO 4 - CLIQUE AQUI.
GRUPO - CLIQUE AQUI.
GRUPO 3 : CLIQUE AQUI.
GRUPO 5: CLIQUE AQUI.
GRUPO 6: CLIQUE AQUI.
CURTA AQUI NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.