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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: METROPOLES – Imagem: DivulgaçãoO ministro do Superior Tribunal Militar (STM),
almirante de esquadra Cláudio Portugal Viveiros, entendeu ser
inconstitucional o pedido de habeas corpus feito na Corte contra o
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de
Moraes. O Metrópoles teve acesso à decisão em primeira mão.
O magistrado afirmou que o STM não tem competência para julgar autoridades da Suprema Corte do país.
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O pedido de habeas corpus foi feito pelo bolsonarista extremista Wilson
Issao Koressawa, advogado e ex-juiz. Ele requereu a emissão de salvo
conduta a manifestantes (documento emitido por autoridades de um Estado
que permite a seu portador transitar por um determinado território) e
que o tribunal militar proíba Moraes de determinar prisões e de multar
veículos.
Koressawa é figurinha carimbada no tribunal militar. Na última semana, o
bolsonarista também entrou com demandas no STM e, inclusive, pediu a prisão de Moraes.
O pedido de prisão ainda não foi julgado, mas a decisão de Viveiros,
neste caso específico, já mostra um indicativo de como o tribunal vai
tratar os pedidos feito pelo extremista.
Koressawa argumentou que supostos crimes contra a segurança nacional
praticados por ministros do STF são de competência do STM. Alegou também
irregularidades no processo eleitoral, o que teria causado uma
“desordem pública” no país.
“A competência da Justiça Militar da União limita-se ao julgamento de crimes militares definidos em lei”, sintetizou Viveiros.
O magistrado explicou que potenciais crimes cometidos por ministros da
Suprema Corte devem ser julgados, na verdade, pelo Senado Federal, como
determina a Carta Magna.
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“Assim, ante expressa previsão constitucional, não cabe a este
Superior Tribunal Militar processar e julgar as mencionadas autoridades,
impondo-lhes qualquer sanção, independente do delito praticado.
Ademais, ao contrário do que alega o Paciente, também não cabe a esta
Egrégia Corte o julgamento de pretensos delitos previstos na antiga Lei
de Segurança Nacional, entendimento este que tem sido adotado há muito
por este Tribuna”, acrescentou.
Com a decisão de Viveiros, o
processo foi arquivado. Koressawa, contudo, interpôs um advogado, o que
pode levar a ação para o plenário da Corte militar.
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