O Pix está promovendo mudanças nas faixas de horário noturno,
ampliando e criando mecanismos que podem ajudar o cliente a recuperar
dinheiro em casos de fraude, como o bloqueio cautelar e devolução de
valores.
A nova regra para o horário noturno consta de uma
instrução normativa divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central
(BC), que permite ao cliente escolher a faixa do horário noturno para
operações do Pix com valores limitados até R$ 1 mil. Esse horário pode
ser das 20h às 6h, como é o padrão atual, ou das 22h às 6h.
Essa mudança será feita a pedido do cliente, e os bancos precisam disponibilizar essa opção até o dia 22 de julho de 2022.
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Inicialmente, o BC havia estabelecido que o período noturno ficaria
entre 20h e 6h, com possibilidade de definição pelo usuário, mas acabou
limitando a duas opções de início. O valor limite para transferências
nesse horário é de R$ 1 mil por padrão, mas o cliente pode aumentar ou
diminuir esse número.
Contra fraudes
Para ampliar a
segurança do Pix, o BC também anunciou na última semana duas novas
ferramentas: bloquei cautelar e mecanismo especial de devolução. Na
prática, os mecanismos vão mudar o tratamento a situações de fraude ao
facilitar a comunicação e agilizar o processo de eventual bloquei e
devolução de recursos.
No caso do bloqueio cautelar, a própria
instituição bancária que detém a conta do recebedor do valor suspeita de
uma situação de fraude e pode efetuar um bloqueio preventivo do
dinheiro por até 72 horas.
De acordo com o BC, essa opção vai permitir que o banco faça uma
análise mais robusta do caso, o que aumenta a chance de recuperação do
dinheiro caso o pagador tenha sido vítima de algum crime.
Recuperação do dinheiro
Já
o mecanismo especial de devolução poderá ser acionado tanto pela
própria instituição bancária ou pelo próprio cliente, que faz um Pix e
logo se dá conta que foi vítima de um golpe.
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Para usar essa ferramenta, é
preciso registrar um boletim de ocorrência e comunicar imediatamente a
instituição financeira por um canal de comunicação oficial, como SAC ou
ouvidoria.
O BC explica que, após a comunicação inicial, o banco da vítima deve
usar a infraestrutura do Pix para notificar a instituição que está
recebendo a transferência da suspeita de fraude, para bloqueio dos
recursos. Uma vez bloqueado o dinheiro, as instituições bancárias terão
até sete dias para analisar o caso.
Se a fraude for comprovada, a
instituição bancária de destino da operação deve devolver os recursos
para o banco do pagador, que por sua vez faz o ressarcimento ao cliente.
Esse
mecanismo também poderá ser acionado para casos de crédito indevido por
falha operacional nos sistemas do banco envolvido. O BC esclarece que,
no entanto, a ferramenta não pode ser usada para casos em que o usuário
digita a chave Pix errada ou quando há controvérsias comerciais entre os
envolvidos.
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