By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: R7 – Imagem: DivulgaçãoO presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, afirmou que pichadores não são artistas e que a solução para
eles seria "chibatadas e multa".
A afirmação foi feita por Camargo nas redes sociais.
"De acordo, minha amiga Ester Sanches. Chibatadas e multa, como em
Singapura, seriam uma solução. Pichadores não são 'artistas', são
vândalos e marginais. Agem incentivados pela esquerda, que tudo
emporcalha e destrói", disse.
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Camargo acumula polêmicas à frente da gestão da entidade. Ele está
afastado de atividades ligadas à gestão de pessoas desde 11 de outubro,
acusado de assédio moral, discriminação e perseguição ideológica contra
os servidores da fundação. A decisão é do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT) da 10ª Região, em Brasília.
O TRT afirma que o comportamento de Sérgio Camargo promove “verdadeira
afronta aos preceitos constitucionais, especialmente à competência para
gestão de pessoas e às prerrogativas estatutárias” definidas no
regimento interno da fundação.
Em uma das investigações contra Sérgio Camargo, o MPF (Ministério
Público Federal) apura se ele praticou crime de racismo. Segundo a
denúncia, o investigado fez, em reunião com auxiliares, declarações de
cunho racista contra todos os praticantes de religião de matriz
africana.
O órgão cita áudio divulgado pela imprensa em que Camargo teria
declarado que não concederia benefícios a praticantes de religiões de
matriz africana. "Não vai ter nada para terreiro na Palmares, enquanto
eu estiver aqui dentro. Nada. Zero. Macumbeiro não vai ter nem um
centavo […]." Além disso, em outro momento da reunião, ele teria se
referido ao movimento negro como “escória maldita, que abriga
vagabundos”.
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O MPF no DF recebeu ainda ofício encaminhado pela PFDC (Procuradoria
Federal dos Direitos do Cidadão) com solicitação de abertura de
investigação contra Sérgio Camargo não só por racismo, mas também por
improbidade administrativa.
Para Carlos Alberto Vilhena, procurador federal dos direitos do
cidadão, a conduta de Sérgio Camargo – no áudio revelado pela imprensa –
revela “possível desvio de poder”, por ele chamar o movimento negro de
“escória maldita” e prometer exonerar servidores que divergirem do seu
padrão ideológico.
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