By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: MINISTERIO PUBLICO – Imagem: Élio Kohut
(Intervalo da Noticias)
Deflagrada em 2015, as investigações da operação apuraram que o então prefeito de Prudentópolis, que foi preso em flagrante e teve o mandato cassado, formou organização criminosa com servidores públicos de sua confiança (na maioria, secretários municipais) e empresários.
Continua depois da
publicidade
O grupo
fraudou licitações e desviou veículos, insumos e dinheiro público, na
maior parte das vezes pagando propinas ao então prefeito em
contrapartida.Desvios e propina
A primeira ação, com nove réus – entre eles, o prefeito, o secretário de Finanças e o secretário de Planejamento e Obras na época dos fatos – relata que os requeridos realizaram, em junho de 2014, pagamento à empresa contratada para melhorias na iluminação pública de Prudentópolis, no valor de R$ 101.136,76, dos quais pelo menos R$ 56.999,71 não correspondiam a serviço algum. Logo depois, os dois proprietários e um engenheiro da empresa pagaram ao então prefeito e a um servidor público R$ 50 mil em propina.
Na segunda ação, os réus são o ex-prefeito e o ex-secretário do Meio Ambiente, uma empresa de destinação final de lixo, seu gerente administrador e o engenheiro responsável técnico. Nessa ação, imputa-se aos réus a conduta de fraudar a licitação que gerou a contratação da empresa, com valor superfaturado do preço para coleta e destinação do lixo domiciliar de Prudentópolis. Entre 2013 e 2015, o prejuízo ao erário foi de aproximadamente R$ 530 mil. Além disso, o engenheiro da empresa e o prefeito foram surpreendidos quando o político recebia R$ 20 mil em propina, o que ocasionou a prisão em flagrante de ambos em 12 de fevereiro de 2015.
A terceira ação tem seis réus, incluindo o ex-prefeito, o ex-diretor do Departamento Rodoviário, o ex-diretor de Engenharia e Obras, duas empresas e seu sócio-proprietário. As empresas mantinham contrato com o Município de Prudentópolis, um deles para pavimentação de estradas rurais em valor acima de R$ 2 milhões.
Continua depois da
publicidade
O serviço deveria ser prestado
com maquinário, pessoal e insumos da empresa contratada, entretanto,
apurou-se que muitos dos serviços foram realizados com máquinas,
servidores e insumos do próprio Município, que pagou integralmente o
preço como se a empresa houvesse prestado integralmente o serviço.
Também nesse caso, verificou-se que o empresário pagou propina ao então
prefeito.Pedidos
Todas as ações pedem a devolução ao Município de Prudentópolis dos valores identificados como prejuízo ao erário e pagamento de propina, além de multa civil, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e indisponibilidade liminar de bens para garantir o pagamento em caso de condenação. No caso do ex-prefeito, a soma dos valores requeridos ultrapassa R$ 2 milhões, que se somam a outros R$ 4 milhões já bloqueados em ações anteriores. Com as três novas ações, foram ajuizadas até o momento seis ações civis públicas decorrentes da Operação Caçamba. Todos os processos tramitam na Vara da Fazenda da Comarca de Prudentópolis.
Esta aberto o espaço para defesa.
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE
RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA
NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM
OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.