By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: YAHOO – Imagem: Sérgio Lima
"Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos... e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!", escreveu Carlos.
Apontado
como responsável pela estratégia do presidente nas redes sociais,
Carlos provocou turbulências no primeiro semestre após ataques a
integrantes do governo do pai, mas vinha evitando polêmicas nos últimos
meses.
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O
presidente Jair Bolsonaro está internado em um hospital de São Paulo
após passar por cirurgia no domingo (8), a quarta decorrente da facada
que levou há um ano durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O
vice-presidente, general Hamilton Mourão, ficará no comando da
Presidência até quinta-feira (12).
Antes
de escrever que não haverá transformações rápidas no país por vias
democráticas, Carlos afirmou que o atual governo tenta colocar o Brasil
"nos eixos", mas que os "avanços são ignorados, e os malfeitores
esquecidos".
A
postagem de Carlos repercutiu rapidamente entre seus seguidores. Parte
dos internautas encarou a manifestação como um apoio a um modo
autoritário de governo.
A
influência de Carlos no governo Bolsonaro foi motivo de críticas no
começo do ano de políticos e de alguns militares ligados à administração
federal.
Em
um dos episódios mais ruidosos, em meio à crise das candidatas laranjas
do PSL reveladas pela Folha de S.Paulo, Carlos divulgou em seu perfil
no Twitter uma gravação de seu pai indicando que o presidente não havia
conversado com o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência,
Gustavo Bebianno, diferentemente do que este havia dito.
Chamado de mentiroso por Carlos e depois pelo próprio presidente, Bebianno acabou demitido.
Ligado
ideologicamente ao escritor Olavo de Carvalho, Carlos também centrou
ataques a Mourão e ao general Santos Cruz, ministro da Secretaria de
Governo que foi demitido em junho.
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Jair Bolsonaro chegou a defender seu filho em março, afirmando que há pessoas que querem afastá-los, mas "não conseguirão".
Junto com a mensagem, na ocasião, publicou uma foto em que é amparado por Carlos no corredor de hospital.
"Algumas
pessoas foram muito importantes em minha campanha. Porém, uma se
destacou à frente das mídias sociais, com sugestões e conteúdos: Carlos
Bolsonaro, meu filho. Não por acaso muitos, que nada ou nunca fizeram
para o Brasil, querem afastá-lo de mim", escreveu Bolsonaro.
"Não
conseguirão: estando ou não em Brasília continuarei ouvindo suas
sugestões, não por ser um filho que criei, mas por ser também alguém que
aprendi a admirar e respeitar pelo seu trabalho e dedicação", concluiu.
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