By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: Divulgação
A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens em até R$ 19,9 milhões
do ex-governador Beto Richa (PSDB), de outras 16 pessoas e duas
empresas. Eles são investigados na Operação Integração, que apura crimes
como corrupção e lavagem de dinheiro na concessão de rodovias no
Paraná.
A decisão do juiz Friedmann Anderson Wendpa, da 1ª Vara da Justiça
Federal, em Curitiba, é da segunda-feira (2). Em nota, o ex-governador
afirmou que "jamais se envolveu em qualquer ato de corrupção". Leia a íntegra mais abaixo.
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O ex-governador é alvo de outros bloqueios envolvendo processos nas
estadual e federal. Em março, a Justiça Federal mandou bloquear ativos
financeiros em até R$ 2 bilhões de cinco das seis concessionárias de
pedágios e de diretores das empresas investigados na Operação
Integração.
A Operação Integração, que começou no âmbito da Operação Lava Jato, teve duas fases deflagradas.
Os dois afirmaram, em delação premiada, que havia pagamento de propinas
durante a elaboração de aditivos de contratos das concessões.
As investigações apuram a prática de crimes de corrupção, lavagem de
dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculato envolvendo os
procedimentos de concessão de rodovias federais do Paraná que fazem
parte do Anel de Integração.
A operação foi, inicialmente, deflagrada no âmbito Lava Jato. No
entanto, o então juiz federal Sérgio Moro abriu mão do processo
argumentando que a ação não tinha qualquer ligação com os casos de
corrupção na Petrobras.
A continuidade das investigações levou à realização da Operação Integração II, que prendeu dirigentes de outras concessionárias e da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) no Paraná.
Dois mil e quinhentos quilômetros de estradas federais foram entregues
em regime de concessão pelo Governo do Paraná para seis empresas
privadas em 1997.
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Os contratos valem até 2021. À época da assinatura, a
promessa era ter estradas de primeiro mundo.
Nota de Beto Richa na íntegra:
“O
ex-Governador Carlos Alberto Richa novamente esclarece que jamais se
envolveu em qualquer ato de corrupção, seja em relação ao pedágio, seja
em relação a qualquer outro tema. Na condição de Governador, sua
participação se limitou aprovar atos cuja legalidade fora atestada pelo
Estado do Paraná, pelo DER/PR, pela AGEPAR, sob fiscalização do Governo
Federal.
Todas
as alterações realizadas, inclusive, foram avaliadas pela Procuradoria
do Estado, que agora questiona esses atos. A tentativa de vincular o
ex-Governador a supostos atos de corrupção se ampara exclusivamente na
palavra de réus confessos, que receberam diversos benefícios para
envolver seu nome nos supostos atos de corrupção em suas delações
premiadas. Fora disso, não há prova alguma das alegações lançadas. Ao
fim a verdade prevalecerá”.
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