sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Depois de 11 anos a Policia chega no assassino da menina deixada morta em uma mala na rodoviária de Curitiba

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANA PORTAL Imagem: Divulgação

As forças de segurança do Paraná acreditam que o Caso Rachel Genofre está resolvido. As investigações estão prestes a completar 11 anos e ainda não foram concluídas. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (19), após a prisão de Carlos Eduardo dos Santos. O suspeito está detido em Sorocaba, no interior de São Paulo.
A certeza alegada pela PC-PR (Polícia Civil do Paraná) é fundamentada em análises de materiais genéticos. O DNA do suspeito é compatível com os rastros encontrados no corpo de Rachel Genofre. Assassinada em 2008, aos nove anos de idade, a menina foi encontrada dentro de uma mala deixada sob uma escada da rodoferroviária de Curitiba.
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Em 11 anos, o Caso Rachel Genofre nunca esteve próximo de ser resolvido. Mesmo com a expressiva repercussão no Paraná e no Brasil, os caminhos da investigação nunca haviam chegado a conclusões. Vários homens foram presos, mas nenhuma suspeita se confirmou.
No entanto, o compartilhamento de dados científicos pode dar fim a uma história que se arrasta desde 2008.
“Para a polícia, o Caso Rachel Genofre está 100% resolvido”, afirmou o delegado-geral adjunto da Polícia Civil do Paraná, Riad Farhat.
CAMINHOS DA INVESTIGAÇÃO
O delegado explicou, em coletiva de imprensa, que o alerta sobre Carlos Eduardo dos Santos veio do Instituto de Criminalística de São Paulo. O suspeito está preso em Sorocaba, no interior do estado paulista, e foi submetido a exames de DNA.
Carlos Eduardo dos Santos é suspeito de matar a menina Rachel Genofre e colocar o corpo em uma mala, em Curitiba — Foto: G1 PR
“Todo material genético colhido pelas forças de segurança passa a integrar um banco de dados nacional. Um software é responsável por fazer as análises e comparar as amostras disponíveis”, detalhou Riad Farhat.
Segundo o delegado-geral da PC-PR, um DNA não compatível com o de Rachel Genofre foi colhido no corpo da garota no dia em que o corpo foi encontrado, esquartejado e com sinais de agressões físicas e sexuais. O dono do material genético nunca havia sido identificado, mas a polícia agora acredita que ele pertence a Carlos Eduardo dos Santos, como indicam os exames preliminares.
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MOTIVAÇÕES NÃO FORAM ESCLARECIDAS
A partir da possível identificação do suspeito, a PC-PR buscará a transferência dele para Curitiba. O objetivo é realizar o interrogatório e fazer a reconstituição do crime. O deslocamento depende da autorização da 2ª Vara de Execuções Penais de Sorocaba (SP).
“Não sabemos onde ela foi assassinada, nem o motivo. Só conseguiremos esclarecer os detalhes após o interrogatório do suspeito”, ponderou o delegado Marcos Pontes, responsável pela Delegacia de Homicídios de Maior Complexidade do Paraná.
Mesmo sem ouvir o suspeito, a Polícia Civil não tem mais dúvidas sobre a autoria do crime.
“O Caso Rachel Genofre está encerrado. Ele será condenado”, sustentou Farhat.
FAMÍLIA DE RACHEL ACOMPANHA DESDOBRAMENTOS
Os pais de Rachel Genofre acompanharam nesta sexta-feira (19) o anúncio oficial sobre a suposta identificação do responsável pelo crime. Segundo a família da vítima, a maioria das perguntas ainda não foi respondida.
“Não temos muitas informações. São muitas coisas acontecendo e estamos processando tudo isso. Por um lado é um alívio, uma etapa vencida, mas agora precisamos ver a Justiça sendo feita”, apontou o pai de Rachel, Michael Genofre.
“Houve momentos de desesperança. A polícia estava bem longe de solucionar o caso, mas uma série de fatores confluíram para a resolução do caso. No entanto, por vários momentos ficamos bem cansados e assediados por uma série de teorias, mas agora chegamos em um novo momento”, concluiu.
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Michael Genofre afirma que a família não está satisfeita com as informações prestadas até o momento, e que precisa avaliar com mais calma os novos desdobramentos antes de concluir que o caso está resolvido.
“11 anos é muito tempo”, resumiu o pai.
CASO RACHEL GENOFRE
Rachel Genofre desapareceu no dia 3 de novembro de 2008. O último paradeiro conhecido da garota, na época com 8 anos de idade, era em um ponto próximo à Praça Rui Barbosa, na Rua Voluntário da Pátria, no Centro de Curitiba.
O corpo de Rachel foi localizado dois dias depois, em 5 de novembro. Esquartejado, com sinais de estrangulamento e violência e sexual, o corpo foi encontrado dentro de uma mala, que foi deixada embaixo de uma escada da Rodoferroviária de Curitiba.
A identidade foi confirmada após exame de perícia do IML (Instituto Médico-Legal). O Instituto de Criminalística foi acionado por fiscais e policiais militares, após dois indígenas que dormiam na rodoviária se depararem com a mala suspeita.


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