domingo, 1 de setembro de 2019

Confira o resumo da participação do Brasil no Parapan-Americanos


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Divulgação

Confira um resumo a participação do Brasil nos últimos dias, nos Parapan-Americanos de Lima 2019.
O Brasil permanece na liderança do quadro de Medalhas. (Confira abaixo).
Recorde! Brasil chega a 258 medalhas em Lima e alcança sua melhor campanha no Parapan
O Brasil alcançou uma marca expressiva nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Neste sábado, o país chegou ao total de 258 medalhas, estabelecendo sua melhor campanha na história da competição. Coube à nadadora Cecília Araújo conquistar o pódio de número 258 do Brasil em Lima, com o ouro dos 100m livre S8, com direito a recorde do Parapan (1min08s18).
- Estou muito feliz em saber que ultrapassamos a marca de Toronto. Eu estava em Toronto. Foi uma competição grandiosa. Cada vez mais nós estamos nos superando. Vai vir muito mais - disse Cecília. 
O antigo recorde do Brasil era 257 pódios conquistados nos Jogos de Toronto 2015, quando o país liderou o quadro de medalhas, com 109 ouros, 74 pratas e 74 bronzes. Em Lima, o Brasil já tem 105 ouros, 82 pratas e 71 bronzes. Números que devem crescer até o fim da competição, no domingo. Com a liderança do quadro de medalhas consolidada, o Brasil tem tudo para também quebrar sua marca de maior número de ouros de Toronto.
O Brasil abriu o sábado com 255 medalhas. Uma dobradinha na natação fez o país igualar em número de medalhas a campanha de Toronto - Esthefany Oliveira foi ouro e Joana Jaciara da Silva prata nos 200m medley SM5 da natação. Logo na sequência Cecília Araújo dominou os 100m livre S8, deixando para trás a mexicana Paola Nuñez (prata) e a colombiana Laura Rodriguez (bronze). Foi o quarto ouro da nadadora em Lima, onde também já faturou uma prata e um bronze.
A campanha do Brasil em Lima só não é melhor do que a do México no Parapan de 1999, a primeira edição dos Jogos. Em casa na Cidade do México, os anfitriões conquistaram 307 medalhas, sendo 121 de ouro. Vale ressaltar, porém, que o Parapan de 1999 teve maior número de prova e menor competitividade, já que muitos países ainda não tinham programas paralímpicos sólidos. 
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Outro recorde! Com título no parabadminton, Brasil bate marca de medalhas de ouro no Parapan
Com a liderança do quadro geral de medalhas já garantida, o Brasil iniciou o sábado nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru, com dois objetivos: quebrar o recorde de medalhas da delegação, que era de 257, conquistado em Toronto 2015, e o número de ouros, 109, também há quatro anos. O primeiro passo foi dado mais cedo, na natação, chegando a 258, e já no fim da tarde, o ouro de Mikaela Almeida no parabadminton deu ao país o recorde histórico, totalizando 110 douradas.
A jogadora de badminton venceu a classe SU5 com quatro vitórias em quatro jogos. O último foi diante da peruana Laura Puntriano, por 2 sets a 0, com parciais de 21-3 e 21-4.
O Brasil abriu o sábado com 255 medalhas, 103 delas de ouro, mas já pela manhã, os resultados da natação apareceram. Só na piscina foram três ouros e duas pratas. Aí, veio o título do futebol de 7 e uma chuva de medalhas no parabadminton e no halterofilismo. As competições seguem na noite deste sábado e se encerram no domingo.
A campanha do Brasil em Lima só não é melhor do que a do México no Parapan de 1999, a primeira edição dos Jogos. Em casa na Cidade do México, os anfitriões conquistaram 307 medalhas, sendo 121 de ouro. Vale ressaltar, porém, que o Parapan de 1999 teve maior número de prova e menor competitividade, já que muitos países ainda não tinham programas paralímpicos sólidos. 
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Bronze no Parapan, pai e filho fazem do esporte uma ferramenta de união e parceria
Quando Mateus Carvalho e Oscar Carvalho subirem no pódio, neste domingo pela manhã, para receber a medalha de bronze da classe BC3 da bocha parapan-americana, certamente muitas lembranças vão passar pela cabeça de ambos.
Mateus e Oscar são pai e filho e essa parceira, que chegou ao pódio, entre os dois vai muito além do trabalho dentro de quadra. Além de irem para os treinamentos juntos, Oscar ainda acompanha o filho nas aulas da faculdade de física e se divide com o trabalho.
- Trabalho de madrugada, de 0h até 6h. Durmo até umas 9h, aí a gente já levanta, vou arrumar ele, e a gente vai ao treino. O treino é das 13h às 17h. A gente volta para casa, é banho e ir para a faculdade. Ele vai de 19h até 22h30 na faculdade. Eu fico com ele o tempo todo. Os colegas às vezes dão água, alimentação, mas banheiro é mais complicado. É somente para a questão do banheiro - explicou o Oscar Carvalho. 
Mateus Carvalho tem uma doença chamada artrogripose múltipla congênita uma patologia rara que causa má formação, dificultando a movimentação dos membros superiores e inferiores. Apesar de todas as dificuldades, Mateus enxerga, através do esporte, uma forma de minimizá-las.
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Comitê Brasileiro faz balanço positivo do Parapan e reafirma insatisfação com reclassificação
Na manhã dessa sexta-feira, no centro de imprensa dos Jogos Parapan-Americanos de Lima, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, e o vice-presidente da entidade, Ivaldo Brandão, conversaram com jornalistas sobre o desempenho da delegação brasileira na competição. Mizael se disse satisfeito, já que o Brasil vem tendo êxito na missão de manter sua supremacia no quadro de medalhas. Desde 2007, o país foi "campeão" do quadro, tendo terminado na primeira colocação na Rio 2007, em Guadalajara 2011, e em Toronto 2015. De acordo com o presidente, trata-se de um mérito que vai resultar em frutos no futuro.
- O balanço é muito positivo. Nós estamos muito felizes com a performance do Brasil. Estabelecemos lá em 2017 um planejamento, e esse planejamento tem como principal objetivo consolidar o esporte paralímpico do ponto de vista do desenvolvimento e da renovação. Temos várias ações pensando nesse processo, uma estratégia onde a renovação seja natural e constante no esporte paralímpico. Isso vai fazer com que a gente lá em 2028 possa estar brigando tranquilamente entre os cinco primeiros do mundo - afirmou.
Ainda de acordo com Mizael, a liderança do Brasil no quadro de medalhas deve ser comemorado especialmente pelo fato de que a competitividade do Parapan só tem crescido ao longo dos anos.
- A Argentina foram 18 ouros nos jogos de Toronto... e já são 21 até o dia de hoje, México crescendo, Chile já com 10 medalhas crescendo muito também. Então isso torna ainda mais desafiadora a participação do Brasil, que lidera já desde o Rio de Janeiro o quadro de medalhas. Então todo esse cenário de uma transição que a gente tá passando, aliada a uma evolução dos nossos adversários, faz esse competição muito desafiadora e certamente o Parapan mais difícil que o Brasil já disputou - avaliou.
O presidente também abordou desafios encontrados na competição como o agrupamento de classes de última hora, elogiou o esforço do Peru na organização do evento, comentou a perda dos recordes de Daniel Dias e voltou a reafirmar a insatisfação do Comitê Paralímpico Brasileiro com o sistema de classificação instituído pelo Comitê Paralímpico Internacional. Mizael questionou os métodos adotados de classificação funcional adotado pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês), e definiu o processo de implementação como abrupto.
- Tem atletas que foram classificados em 2019 com os Jogos em 2020. Se você começa um processo como esse em 2018, se não me engano em abril, são muitos atletas pelo mundo todo para serem reclassificados. Tem muitos em revisão para 2020 que terão suas classes definidas no ano que vem. Como você faz uma preparação e investe no atleta? [...] Não quero que o Andrew saia em defesa do Brasil, não é isso. Tem vários outros atletas que merecem a mesma atenção. A questão é o processo. O processo está errado - opinou.
Na segunda-feira Andrew parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, frisou que a instituição tem um sistema de governança sólido e adota métodos científicos, desenvolvidos em parcerias com universidades, para definir o nível de deficiência dos atletas.
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Halterofilista potiguar comemora ouro no Parapan de Lima: "Muito orgulhoso"
O potiguar João Maria de França Júnior brilhou no primeiro dia do halterofilismo nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019. O atleta da Sociedade Amigos do Deficiente Físico do Rio Grande do Norte ficou com a medalha de ouro na categoria até 49kg. Ele bateu o recorde do Parapan ao levantar 141kg na barra, logo na segunda tentativa.
- Foi uma conquista importante pra mim e pro Brasil, para incentivar nossos companheiros que ainda vão competir. Estamos com uma equipe muito boa e focada - disse Júnior França, como é conhecido.
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Amazonense de 17 anos vibra com medalha de bronze no Parapan: "É do Amazonas, é de toda a nação"
Com a marca de 123 quilos levantados, o halterofilista, Lucas Manoel dos Santos, de 17 anos, faturou na tarde desta quinta, dia 29, a medalha de bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru. O amazonense disputou na categoria até 49kg.
- A emoção é muito grande nesse momento. Esse resultado significa que o trabalho que está sendo feito comigo e com os outros atletas do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) está fluindo bem. Essa medalha não é só minha, é do Amazonas, é de toda a nação - destacou.
No Parapan, o atleta disputou em uma categoria acima daquela em que vem atuando. O ouro ficou com foi o brasileiro João de França Júnior, que levantou 141kg, e o segundo lugar na competição foi para o colombiano Jhonny Morales, que alcançou a marca de 125kg.
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Ouro em Lima, Andrey Garbe já usou prótese de madeira e foi "apadrinhado" por Daniel Dias
O paulista Andrey Garbe fez sua estreia em Jogos Parapan-Americanos em grande estilo. Ganhou medalha de ouro na prova dos 100m costas da classe S9. O nadador adiciona o feito a um currículo que também ostenta um ouro no Mundial da Holanda em 2013 e uma prata no Mundial da Rússia. Ambas as medalhas na prova que é sua especialidade: os 100m costas. Não por acaso, o nadador é o quinto mais rápido do mundo nessa prova.
Só que sua história começa bem antes dessas conquistas. Nascido em Bragança Paulista, interior de São Paulo, Andrey teve trombose e meningite bacteriana com um ano e quatro meses de vida, o que resultou na amputação da sua perna direita. Um professor o convidou para a natação, modalidade que logo cativou Andrey. Fora das piscinas, a batalha por qualidade de vida passava pela adaptação a uma prótese de madeira.
- Foi bastante complicado, porque a prefeitura também não me ajudava. Era pra eu ficar dois anos com a prótese e ficava quatro anos. Uma criança em fase de crescimento. Eu não ligava muito e minha família nunca me tratou como deficiente. As próteses então não me aguentavam, eu só queria saber de brincar de bola, corria, quebrava as próteses. Então foi complicado - conta o nadador. 
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Brasil faz dobradinha no halterofilismo e ultrapassa 200 medalhas no Parapan
O Brasil começou com tudo no halterofilismo dos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Logo na primeira prova da modalidade no Peru, uma dobradinha especial na categoria até 49kg masculina. O ouro de João Maria de França Júnior foi a medalha de número 200 do Brasil neste Parapan e ainda teve o bronze de Lucas dos Santos para ultrapassar a marca de uma só vez.
Número 1 das Américas, João Júnior confirmou o favoritismo. Já em seu primeiro levantamento, com 135kg, garantindo também o recorde do Parapan. Ele ainda melhorou a marca com 141kg no segundo levantamento. Tentou 150kg no terceiro e último levantamento, mas não conseguiu. Ainda assim ficou bem à frente do colombiano Jhonny Morales (125kg) e do compatriota Lucas dos Santos (123).
- Só caiu a ficha que eu estava aqui em Lima, neste evento gigantesco, na quarta-feira, e é minha estreia. Estou sabendo agora que sou o medalhista de número 200 é motivo de muito orgulho e felicidade - disse João, que nasceu com artrogripose, doença que comprometeu o movimento de suas pernas.
Com as medalhas do halterofilismo, o Brasil chegou a 201 medalhas em Lima. Já é a terceira melhor campanha do país em número de pódios, atrás apenas de Toronto 2015 (257 medalhas) e Rio 2007 (228 medalhas). 
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Quadro de Medalhas
Pais
Ouro
Prata
Bronze
Total
1º Brasil
120
97
82
299
2º EUA
57
59
63
179
3º México
55
58
45
158
4º Colômbia
43
32
50
125
5º Argentina
24
37
41
102
6º Canadá
15
19
19
53
7º Cuba
13
09
16
38
8º Chile
11
12
11
34
9º Equador
05
06
05
16
10º Peru
04
03
07
14
Confira AQUI o quadro de medalhas atualizado e completo.
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