By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JORNAL EXTRA – Imagem: Roque de Sá
— A caneta Compactor, não é mais BIC, vai funcionar — disse o presidente, nesta sexta-feira.
Nesta quinta-feira, ao falar pela primeira vez sobre o indulto a policiais, em transmissão no Facebook, Bolsonaro explicou, em tom de humor e ironia, por que deixaria a Bic.
Continua depois da publicidade
— Até o final do ano, vai
ter policial saindo nesse indulto. Tem casos aí que todo mundo sabe. Tem
que ter coragem e usar a caneta... Compactor, não é mais Bic, não. É
Compactor agora porque a Bic é francesa. É Compactor — ressaltou ele.Bolsonaro costumava citar o uso da caneta Bic como símbolo de austeridade e simplicidade do novo governo, em contraste, segundo ele, com os gastos de presidentes anteriores. A relação do político com o objeto da marca francesa se tornou uma de suas marcas antes mesmo da posse na Presidência. Em dezembro, por exemplo, o então presidente eleito afirmou que acionaria sua "caneta Bic" em caso de comprovação ou "denúncia robusta" de irregularidades de subordinados seus no Planalto.
Na cerimônia de posse, a adoção de uma caneta popular pelo novo presidente viralizou nas redes sociais. Acreditava-se, na ocasião, que Bolsonaro havia usado um objeto da Bic. Dias depois, porém, a empresa Compactor reivindicou no Twitter a produção da caneta escolhida para o evento e citou "a honra" de o presidente ter assinado o documento com um objeto 100% nacional.
Ainda assim, o presidente continou a mencionar a marca francesa em anúncios de projetos e tomadas de decisão. Em maio, durante atrito com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, Bolsonaro se disse orgulhoso do "poder da caneta Bic" para revogar decretos e desregulamentar a economia brasileira.
Continua depois da publicidade
— O Brasil está cheio de decretos. Uma caneta Bic resolve esse problemas — afirmou durante evento de lançamento da Frente Parlamentar Mista da Marinha Mercante Brasileira.
A relação pouco amistosa entre Bolsonaro e Macron atingiu níveis sem precedentes em agosto deste ano. Em julho, o presidente brasileiro já havia cancelado uma reunião com o chanceler francês em Brasília e feito, no horário marcado, um vídeo no cabeleireiro. O contato azedou de vez depois de Macron cobrar Brasília sobre os incêndios na Amazônia e levar o assunto em caráter emergencial ao G7.
Bolsonaro, depois, recusou a ajuda do grupo, sob alegação de ameaça francesa à soberania nacional na Amazônia, e ainda endossou um comentário sexista sobre a mulher do chefe do Palácio do Eliseu, Brigitte Macron. O político francês respondeu que esperava que os brasileiros tivessem em breve "um presidente à altura".
Embora seja 100% brasileira, a Compactor se define, em seu site, como "o braço" no Brasil da marca Schneider — esta, descrita no portal como "global", mas com produção desenvolvida e fabricada na Alemanha. A companhia brasileira tem raiz na família alemã Buschle, que fundou uma produção de canetas nos anos 1930. Para atenuar barreiras aduaneiras, o clã firmou sociedade e passou a produzir objetos no Brasil nos anos 1950.
Na pauta ambiental, Bolsonaro também teve atrito com a chanceler alemã, Angela Merkel. Depois de Berlim suspender investimentos em projetos de proteção à Amazônia, em função de altas taxas de desmatamento, o presidente brasileiro disse a Merkel para "pegar o dinheiro e reflorestar" seu próprio país.
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE
RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA
NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM
OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.