By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Nelson Jr
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux determinou que seja preservado o material resultante da invasão de celulares de diversas autoridades e pediu uma cópia do material, além da íntegra da investigação da Operação Spoofing.
Na operação, da Polícia Federal, quatro pessoas foram presas suspeitas do hackeamento. A proibição de destruir o material valerá até uma decisão final do Supremo.
Fux atendeu a um pedido do PDT. Segundo a argumentação do partido, o
ministro Sérgio Moro poderia cometer crime com a destruição.
Continua depois da publicidade
A liminar
terá que ser validada pelo plenário, em data ainda não prevista.
Na semana passada, após a operação, o ministro João Otávio de Noronha,
presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), disse que o ministro
Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) havia dito, em um telefonema,
que as mensagens seriam descartadas "para não devassar a intimidade de
ninguém".
Depois, em nota oficial, a Polícia Federal informou que preservará o "conteúdo de
quaisquer mensagens que venham a ser localizadas no material"
apreendido na Operação Spoofing e que caberá à Justiça definir o destino
do material. O responsável pela operação é o juiz Vallisney Oliveira,
da 10ª Vara de Brasília.
"Defiro a liminar, ad referendum do Plenário, (...) para determinar a
preservação do material probatório já colhido no bojo da Operação
Spoofing e eventuais procedimentos correlatos até o julgamento final
desta ADPF. Determino, outrossim, seja remetida a este Relator cópia do
inteiro teor do inquérito relativo à referida operação, incluindo-se as
provas acostadas", decidiu o ministro.
Fux determinou que o ministro Sérgio Moro seja informado da decisão
"com urgência, por meio que garanta máxima celeridade" para prestar
informações sobre o caso em cinco dias. A PF tem o mesmo prazo para
remeter o material ao Supremo.
Na ação, o PDT argumentou que, se Moro destruísse o conteúdo, o caso
representaria "acinte ao princípio do devido processo legal" e "atuação
arbitrária".
Na decisão de sete páginas, Fux argumenta que salvaguardar provas é
"essencial" para apurar os fatos e que a destruição exige ação da
Justiça.
Continua depois da publicidade
"A salvaguarda do acervo probatório é essencial para a adequada
elucidação de todos os fatos relevantes, mormente porque a eliminação
definitiva de elementos de informação reclama decisão judicial."
Conforme o ministro, a preservação do material também é importante
porque "a formação do convencimento do Plenário desta Corte quanto à
licitude dos meios para a obtenção desses elementos de prova exige a
adequada valoração de todo o seu conjunto".
"Somente após o exercício aprofundado da cognição pelo colegiado será
eventualmente possível a inutilização da prova ", completou Fux.
Para o ministro, "a demora na efetivação da cautelar requerida pode
gerar a perda irreparável de peças essenciais ao acervo probatório da
Operação Spoofing e outros procedimentos correlatos".
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE
RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA
NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM
OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.