quinta-feira, 22 de agosto de 2019

PSDB rejeita expulsão de Aécio; decisão também beneficia Beto Richa


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PORTAL BEM PARANA Imagem: Divulgação

A Executiva Nacional do PSDB rejeitou hoje dois pedidos de expulsão do deputado federal Aécio Neves (MG). Os pedidos foram rejeitados por 30 votos a 4 e uma abstenção. O resultado representa uma derrota para o governador de São Paulo, João Dória. Pré-candidato à presidência da República para 2022, Dória defendia uma "faxina ética" no PSDB como forma de livrar o partido de lideranças acusadas de corrupção. A decisão também deve beneficiar o ex-governador do Paraná Beto Richa, que igualmente tem pedidos de expulsão do partido contra ele.
No caso de Aécio, o relator do processo, deputado Celso Sabino (PSDB-PA) apresentou parecer contrário à admissibilidade das representações. A alegação é de que apesar de responder processos na Justiça por corrupção, o deputado mineiro não foi condenado.
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​Aécio é investigado em uma série de inquéritos e se tornou réu, em abril do ano passado, sob acusação de corrupção passiva e obstrução da Justiça. O deputado ainda não foi julgado. O código de ética do PSDB, aprovado em maio, prevê expulsão em caso de condenação por corrupção transitada em julgado, o que não é o caso de Aécio.
Aécio é réu no processo relativo ao episódio em que foi gravado, em março de 2017, pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, da JBS. O valor foi entregue em parcelas a pessoas próximas ao tucano, segundo a acusação. A Polícia Federal chegou a filmar a entrega de dinheiro vivo a um primo dele. O deputado nega a prática de crimes e diz que o dinheiro era um empréstimo pedido a Joesley.
O ex-governador Beto Richa também é réu em uma série de processos de corrupção. Entre eles, o tucano responde por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude à licitação referentes a uma PPP (Parceria Público-Privada) para duplicação da rodovia PR-323, investigado no âmbito da Operação Lava Jato, na 23ª Vara Federal de Curitiba. Richa é acusado de ter recebido R$ 7,5 milhões em propinas da Odebrecht.


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