By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
"Com todo respeito aos que me antecederam, foi uma irresponsabilidade essa política adotada no passado no tocante a isso, usando o índio como massa de manobra", afirmou o presidente no encontro, promovido no Palácio do Planalto para debater queimadas na região.
"Muitas reservas têm o aspecto estratégico, que alguém programou. O
índio não faz lobby, não fala a nossa língua e consegue hoje em dia ter
14% do território nacional.
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Vou fazer, no final, breve histórico disso,
mas uma das intenções é nos inviabilizar."
Bolsonaro também disse: "A Amazônia não vou dizer que ficou esquecida.
Ela foi é usada, politicamente, acho que desde [o governo Fernando]
Collor de Mello, mais ou menos – tá certo? – pra cá".
Para o presidente "essa questão ambiental tem que ser conduzida com
racionalidade, e não com essa quase que selvageria, como foi conduzida
ao longo dos últimos governos". "E o problema, né?, a febre agora está
chegando aqui, batendo bastante alto no governo atual."
Na reunião, os governadores presentes defenderam a ajuda oferecida por outros países para combater os incêndios e preservar a floresta.
Bolsonaro, por sua vez, respondeu que o uso de ajuda internacional
cobra um preço. Segundo ele, os países dispostos a ajudar exigem
demarcações de terras indígenas e áreas de preservação ambiental – o
que, na visão do presidente, prejudica a soberania nacional.
"Em grande parte, o dinheiro vem de fora do Brasil, isso tem um preço:
demarcação de terras indígenas, APAs [áreas de proteção ambiental],
quilombolas, parques nacionais etc. Isso leva a um destino que nós já
sabemos, insolvência do Brasil. Vamos ter que enfrentar essa questão de
qualquer maneira”, afirmou Bolsonaro.
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A crise com relação ao desmatamento e às queimadas na Amazônia
agravou-se neste mês. Uma das principais vozes a se levantar contra a
política ambiental do governo brasileiro foi o presidente da França,
Emmanuel Macron. Ele e Bolsonaro têm trocado farpas em entrevistas e declarações públicas.
Como resposta às críticas recebidas por líderes estrangeiros, sociedade civil e celebridades, Bolsonaro autorizou o uso das Forças Armadas no combate aos incêndios
nos nove estados da Amazônia Legal. O presidente tem afirmado que
países estrangeiros têm interesse na Amazônia em razão das riquezas da
região e que o Brasil deve preservar sua soberania no local.
Na semana passada, também chegou a dizer, sem apresentar provas, que organizações não-governamentais (ONGs) eram responsáveis pelas queimadas.
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