terça-feira, 27 de agosto de 2019

Confira como foi a participação do dia do Brasil no Parapan-Americanos

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Divulgação

Confira como a participação do Brasil nesta segunda (26), nos Parapan-Americanos de Lima 2019.
O Brasil permanece na liderança do quadro de Medalhas. (Confira abaixo).
Após show nos 400m, Petrúcio se emociona e dedica ouro a irmão que faleceu de leucemia
O velocista Petrúcio Ferreira se lançou em um desafio ousado nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. O paraibano que compete na classe T47 e é especialista nos 100m decidiu que era hora de apostar suas fichas na disputa dos 400m. Na noite desse domingo, ele venceu a final da prova na capital peruana com o tempo de 49s25, quase 1s à frente do segundo colocado. Após conquistar o ouro Petrúcio dedicou o triunfo ao irmão que morreu em razão de uma leucemia esse ano, e relembrou momentos difíceis que viveu recentemente.
- Eu cito duas coisas que aconteceram comigo no início do ano. Às vezes as pessoas pensam que é fácil. Eu tava de férias, fui tomar um banho de rio e acabei quebrando o rosto (fratura de maxilar e dois dentes quebrados). Mergulhei no rio e bati de cara. Achei que não iria voltar a correr a tempo pra fazer índice pro Parapan. Mas na primeira competição do ano carimbei o passaporte duas vezes: Parapan e Mundial - lembrou Petrúcio.
Por causa do acidente, ele precisou fazer uma dieta estritamente líquida e reduziu a carga dos treinos. O acidente não foi o único obstáculo do corredor, que é uma das estrelas do esporte paralímpico do Brasil. Petrúcio precisou superar também um drama familiar. Seu irmão morreu em função de uma leucemia. Ainda à beira da pista, com os olhos marejados e enrolado em uma bandeira do Brasil, ele dedicou o ouro ao irmão e à família.
- Outra coisa difícil pra mim foi a perda do meu irmão. Isso mexeu muito com meu psicológico. Mas vida que segue como ele sempre dizia. Sei que onde ele estiver, ele vai estar feliz com esse resultado aqui embaixo. Dedico a vitória a ele e a toda minha família. Inclusive ao meu sobrinho que nasceu agora, há três meses. Eu disse de manhã: "titio vai correr hoje pra você! Não perca não!" - se emocionou o velocista.
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Gêmeas brasileiras da natação vencem preconceito e fazem dobradinha no Parapan
A festa foi completa para a família Carneiro nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. No domingo, as gêmeas Débora e Beatriz fizeram uma dobradinha nos 100m peito SB14, classe para atletas com deficiência intelectual. Ouro e prata para o Brasil que levaram o pai Heraldo às lágrimas na arquibancada. Era a confirmação de que as filhas têm sim seu lugar no mundo. Elas encontraram na natação um espaço em que são aceitas.
- Foi muita emoção. Elas trabalharam muito duro por isso. Foi um dia inesquecível. A gente não estava encontrando espaço na vida delas, o que elas poderiam fazer. Encontramos na natação um caminho. As portas do mundo se abriram. Na natação encontramos um norte, um lugar onde a tão dita inclusão pudesse acontecer - disse Heraldo.
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Daniel Dias chega ao 29º ouro em noite de dobradinhas e pódio completo do Brasil na natação
Vinte e nove medalhas. Vinte e nove ouros. Daniel Dias não entra na piscina para brincar no Parapan. A mais recente medalha chegou nesta segunda-feira nos 50 metros livre, classe S5, prova em que o brasileiro é especialista. Ele já tinha conquistado um ouro em Lima e ainda disputará mais três provas neste Parapan.
- A prova que gosto de nada, que estou treinando e me dedicando, claro que tem muito a melhorar, mas a medalha é uma grande conquista. Agora é tentar melhorar ainda mais para o Mundial - disse Daniel Dias sobre a competição que acontece já no mês que vem, em Londres. 
Mas não foi apenas o grande astro brasileiro quem brilhou na natação em Lima nesta segunda-feira. O Brasil também conseguiu 15 medalhas na piscina em Lima. Destaque para as dobradinhas de Joana Silva e Patrícia Pereira, nos 50 m livre, classes S5 (S3-S4), de Matheus Rheine e Wendell Pereira, nos 400m, da S11, e para um pódio totalmente brasileiro, com ouro, prata e bronze nos 50m livre, da S9, com Ruiter Silva, João Pedro Olivia e Vanilson do Nascimento Filho.
- Fico extremamente feliz pelo o que a gente está vivendo aqui, não só eu mas o Brasil. Agora mesmo que legal uma dobradinha Joana e Patrícia. Antes o Ruiter, Vanilson e João, com o pódio todo. A natação está mostrando o quanto a gente está forte, com essa geração forte que está vindo. Espero que continue assim - afirmou Daniel Dias. 
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Verônica Hipólito celebra prata no Parapan: "Achei que não ia conseguir voltar, isso é meu ouro"
Foram mais de 200 tumores na vida. Mas o que importa para Verônica Hipólito são aqueles 200 metros. E como ela sempre supera os desafios, venceu mais esse. Medalhista de prata nos 200m classe T37 no Parapan de Lima. Prata que ela celebrou como se fosse ouro. Ou mais.
- Isso aqui é o meu ouro. Eu não estava andando, eu não consegui treinar para essa prova, eu não devia nem estar aqui no Parapan. Isso aqui é tudo nosso. Nossa bandeira, nossa medalha. Várias vezes achei que não ia conseguir voltar. Chorei demais. Muita dor. Mas tenho muita gente que está comigo, principalmente meus pais. Na cama do hospital e no alto do pódio. Lembro de cada nome de vocês. Prata de ouro – disse Verônica Hipólito ao SporTV 2, depois de descer do pódio dos 200 metros do atletismo com a medalha de prata no peito na capital peruana.
Aos 23 anos, em maio de 2018, Verônica teve de ser submetida a uma cirurgia para a retirada de tumores do cérebro e iniciou uma difícil recuperação. Antes, ela já havia superado um total de 200 tumores, um AVC (acidente vascular cerebral) e a retirada de 90% do intestino grosso. 
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Vitória dupla: ouro nos 100 m livre, Phelipe Rodrigues se garantiu como atleta paralímpico
A alegria e o alívio de Phelipe Rodrigues durante este último domingo (25/8) não foram causados apenas pela sensacional conquista da medalha de ouro nos 100 m livre, classe S10, nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. O nadador vivia momentos de tensão há meses, desde que passou por uma reavaliação funcional que tornou nadadores como André Brasil inelegíveis para o esporte paralímpico. Também considerado inelegível em princípio, Phelipe teve seu recurso aceito e estava em reavaliação. Pela manhã, após entrar pela primeira vez na água para as baterias classificatórias da prova dos 100 m livre, ele finalmente recebeu a confirmação de que estava elegível de novo, pelo menos até os Jogos Paralímpicos Tóquio 2020.
- Foram meses difíceis. Até psicologicamente, para me manter treinando. Mas no final deu tudo certo - disse o nadador, que ainda estava em observação quando se classificou para a final da prova.
Agora mais tranquilo, Phelipe vai buscar outras sete medalhas. Nesta segunda, ele já volta à piscina para disputar os 200 m medley SM10. Nos próximos dias, ainda vai nadar as provas de 100 m costas, 50 m livre, revezamento 4 x 100 m medley, 100 m borboleta, 400 m livre e o revezamento 4 x 100 m livre.
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Ousadia e alegria: Petrúcio se aventura nos 400m e conquista primeiro ouro no Parapan
Homem mais rápido do mundo nos 100m (com 10s50) e nos 200m (com 21s10) da classe T47 (para amputados de braço), o velocista paraibano Petrúcio Ferreira, de 22 anos, decidiu que se lançaria em um novo desafio nesta edição dos Jogos Parapan-Americanos: correr os 400m. E não é que deu certo? Ele ficou com o ouro ao correr a distância em 49s25. Thomaz Ruan, também do Brasil, num primeiro momento ficou com a prata (50s12), mas depois foi desclassificado por invadir a raia interna.
Sem os 200m na lista de eventos do Parapan, Petrúcio resolveu se arriscar na prova que já tinha rendido a ele uma prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Especialista em distâncias curtas, o jovem já tinha explicado em entrevista ao GloboEsporte.com, que considera "radical" um mesmo atleta correr as três provas (100m, 200m e 400m), por serem "muito distintas". 
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Daniel Dias sobra nos 50m costas e abre o Parapan de Lima com medalha de ouro
Daniel Dias só sabe qual é o lugar mais alto do pódio em Jogos Parapan-Americanos. Neste domingo, o nadador abriu sua participação nos Jogos de Lima, sua quarta participação em Parapans, e conquistou o ouro nos 50m costas S5. Foi o 28º título de Daniel Dias em um Parapan.
- Estou feliz, mais uma medalha de ouro, mais uma conquista. Queria o recorde do campeonato, não veio, mas está bom. Foi a primeira prova. Foi bom para entrar na competição bem. É engraçado que a gente ainda fica nervoso - disse Daniel.
O experiente nadador de 31 anos sobrou na piscina. Completou a prova em 36s79, muito à frente do mexicano Oscar Castro (45s56) e do colombiano Miguel Rincon (45s80). Apesar da grande vantagem, Daniel não alcançou o próprio recorde do Parapan de 35s63, estabelecido em Guadalajara 2011
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Phelipe Rodrigues leva seu 2º ouro na natação, e Brasil chega a 20 medalhas douradas no Parapan
O Brasil abriu o 3º dia de competições no Parapan de Lima com medalha na natação. O pernambucano Phelipe Rodrigues conquistou seu segundo ouro ao garantir o primeiro lugar nos 200m medley classe S10.
Após a conquista, Phelipe relembrou a primeira medalha, o ouro nos 100m livre S10, e comentou sobre a estratégia utilizada para se poupar para as demais competições.
- Ontem foi bem legal, ganhei minha primeira medalha na estreia aqui no Parapan, e acordar nesta segunda-feira e ganhar outro ouro, em uma prova que não tenho o costume de ganhar, eu tinha bem mais gás, poderia nadar melhor hoje, mas vou nadar outras seis provas aqui em Lima. Por isso, administrei o resultado, segurei um pouco, para poder nadar as outras bem também. 
Além das modalidades já disputadas e conquistadas, Phelipe voltará a cair na piscina para mais seis modalidades. O pernambucano disputará também os 100m costas, 50m livre, 100m borboleta, 400m livre e dois revezamentos.
- Está sendo um desafio legal. Entrei em provas das quais não sou especialistas, mas pensei que já que há chance de brigar por medalha, por que não ajudar meu país neste Parapan?, concluiu.
Além de Phelipe, os brasileiros Ruiter Gonçalves (classe S9) e Joana Neves (classe S5) também obtiveram bons resultados nas classificatórias dos 50m nado livre. Ambos lideraram as séries e bateram recorde parapanamericano.
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Quadro de Medalhas

Pais
Ouro
Prata
Bronze
Total
1º Brasil
41
39
41
121
2º EUA
30
25
24
79
3º México
27
24
21
72
4º Argentina
11
17
23
51
5º Colômbia
11
13
18
42
6º Chile
07
03
07
17
7º Cuba
07
02
07
16
8º Canadá
06
06
05
17
9º Equador
05
04
03
12
10º Venezuela
02
07
10
19
Confira AQUI o quadro de medalhas atualizado e completo.  

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