quinta-feira, 11 de julho de 2019

PM pede arquivamento de inquérito contra envolvidos na morte de jornalista e revolta família


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B Imagem: Divulgação

A Polícia Militar concluiu, nesta terça-feira (9), o inquérito que investiga a conduta dos soldados envolvidos na morte dojornalista Andrei Gustavo Orsini Francisquini, que foi baleado durante abordagem na Praça da Espanha, em Curitiba. A conclusão do Inquérito Policial Militar foi assinada pelo 1º tenente Flares Frederico Boell e sugere o arquivamento do caso. A decisão revoltou a família, que pede isenção na avaliação do caso.
Francisquini foi morto na madrugada de 12 de maio em um suposto confronto policial. De acordo com a PM, Francisquini ‘furou’ um bloqueio policial e tentou atropelar a equipe que realizava a blitz.
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A família da vítima, porém, afirma que gravações de câmeras de segurança da Avenida Vicente Machado comprovam que dois policiais militares teriam disparado cinco vezes contra o carro do jovem sem que ele revidasse à ação.
De acordo com o documento, os policiais seguiram todos os procedimentos da (Rondas Ostensivas Tático Móvel). “Este Oficial é do parecer que embora tenha ocorrido a conduta típica, a mesma se fez conforme dos procedimentos do Pelotão ROTAM, conforme as Diretrizes PMPR do uso da força e conforme ordenamento legal vigente, dentro das hipóteses excludentes de ilicitude, sendo sugestionado por este Oficial o arquivamento dos Autos, não havendo crime a ser punido ou transgressão disciplinar a ser apurada”, diz Boell.
Em nota, a defesa dos soldados disse que a sugestão foi acertada. “São homens que servem a sociedade, que naquela noite protegiam os jovens que aproveitavam a noite e garantiam o sono das famílias curitibanas. No exercício de suas funções, no cumprimento de suas obrigações abordaram um indivíduo em atitude suspeita que, mesmo após voz de abordagem, enfrentou a autoridade policial, fugiu, fez de seu carro uma arma e poderia ter causado uma tragédia ainda maior, mas, pela atuação técnica, precisa e dentro daquilo que prevê a lei, acabou sendo freado, parado, antes que o mal maior fosse feito. É o que mostram as imagens, é o que mostram as provas e as testemunhas. O arquivamento do caso é o único caminho, é o justo e o correto não só com os policiais, como para com a sociedade”, diz o advogado Cláudio Dalledone.
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A defesa afirma ainda que a conduta de Francisquini foi “inconsequente, criminosa e colocou em risco a vida não só dos policiais envolvidos na ocorrência, como de dezenas de pessoas inocentes que transitavam pela região da Praça da Espanha naquela madrugada”.
Família
Em entrevista à Banda B, a mãe Daisy Orsini lamentou a sugestão de arquivamento. “É muito triste ler essa sugestão, porque [a Polícia Militar] é uma instituição que nós da comunidade buscamos credibilidade. É muito triste também ver essa ação ocultada, quando todos os laudos apontam que meu filho não tinha arma e não fugiu. O que sobra é a dor, que é muito grande, e eu espero que esse inquérito não seja mesmo arquivado. Foi uma morte uma execução planejada”, questionou.
Daisy pediu ainda que o caso seja julgado pela Justiça Comum. “Se eu não posso ter ele de volta, quero pelo menos isenção, então que isso seja levado à Justiça comum. Querem fazer com que o meu filho seja um bandido, o que não é. Ele teve alguns problemas, mas foi no passado e estava na curva da melhora”, concluiu.

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