By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Antonio Nascimento (Banda B)
O governador Ratinho Junior (PSD) recebeu, na tarde desta
terça-feira (2), as categorias da segurança pública para uma mesa de
negociações referente à data-base do funcionalismo. O encontro, segundo o
governo, se dá pelo voto de confiança das categorias policiais, que suspenderam
mobilizações mesmo com a convocação de greve geral feita pelo Fórum das
Entidades Sindicais (FES). Mas, o encontro não foi bem visto pelas categorias
grevistas, que entendem que o encontro é um “desrespeito” por parte do governo
do estado.
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Secretário de Comunicação da maior entidade de classe do
Paraná, a APP-Sindicato, Luiz Fernando Rodrigues disse que ficou sabendo do
encontro pela imprensa e que isso mostra uma falta de isonomia pelo governador
Ratinho Junior. “A educação é a categoria com maior número de servidores em
greve, mas temos universidades paradas, o pessoal da saúde e outras categoria
mobilizadas. É uma atitude lastimável pra quem foi eleito para cumprir a
legislação. É muito triste que um governador tente dividir os servidores e
tente colocar a população contra os servidores que a atende”, criticou.
Antes mesmo da deflagração de greve, o líder do governo na Assembleia Legislativa
do Paraná, Hussein Bakri (PSD), já dizia que com categorias grevistas o governo
não negociaria. Após o encontro, ele afirmou que o governo está cumprindo com
sua palavra. “O governo tinha colocado que instalaria uma comissão e, a seu
tempo, daria uma resposta às categorias e esse momento chegou. O setor de
segurança pública não instalou greve e estamos os ouvindo”, disse.Nesta terça-feira, a greve dos servidores públicos entrou no 7° dia. Um grupo segue concentrado em frente ao Palácio Iguaçu para pressionar e solicitar a reposição da inflação de 4,94%.
Rodrigues afirma que as categorias não estão sendo intransigentes e que a greve só foi deflagrada após meses sem respostas. “Se fossemos intransigentes, teríamos pedido os 17% que estão congelados.
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Nós só estamos pedindo que o
governador apresente uma proposta a todos os servidores e que sente com a FES.
Hoje temos uma legislação que não permite que o governo pague uma reposição
apenas para a segurança e o projeto precisa contemplar todos os servidores,
incluindo os aposentados”, afirmou o dirigente da APP.Em nome de todos
O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná (Sidepol), Cláudio Marques, afirmou que a cobrança é apenas um direito constitucional de todos os servidores. Ele ainda criticou que apenas as categorias do judiciário (Ministério Público, Tribunal de Contas e Tribunal de Justiça) tenham tido reposições em anos anteriores. “Os servidores do Executivo estão sendo tratados como segunda categoria. Não se avança como sociedade apenas com servidores do poder judiciário. O grupo colocado em segundo plano, renegado e esquecido pelos sucessivos governos, é justamente quem atende os setores mais vulneráveis economicamente da sociedade. Nenhum cidadão sabe onde fica o TCE, nenhum comparece ao MP e o TJ é um sonho inimaginável para milhares e milhares de cidadãos. Mas todo mundo sabe onde fica a delegacia, a escola e a unidade de saúde”, disse.
Antes do encontro com o governador Ratinho Junior, as
classes policiais se reuniram com os comandos da Polícia Civil e da Polícia
Militar, a portas fechadas, na sede da Secretaria Estadual de Segurança Pública
(Sesp).
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