segunda-feira, 8 de abril de 2019

Os riscos da moda de injetar vitaminas diretamente nas veias


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BBC BRASIL Imagem: Divulgação

No mês passado, uma mulher de 51 anos de Hunan, na China, quase morreu depois de combinar 20 frutas diferentes para criar uma injeção de vitaminas caseira. Ela acreditava que as vitaminas das frutas frescas fariam bem à sua saúde.
Ela teve febre e coceira, foi levada à área de tratamento intensivo, onde foi diagnosticada com falência de orgãos, com seu corpo à beira do colapso e infecção generalizada. Depois de receber hemodiálise e vários tratamentos com antibióticos, ela começou a se recuperar.
Esse é um exemplo extremo, mas mesmo que não chegue a tanto, a tendência de injeções intravenosas de vitaminas apresenta muitos riscos. A prática é muito popular na Ásia, onde injeções são oferecidas até em salões de beleza. Mas também já chegou ao Brasil, aos Estados Unidos e à Europa.
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Quem faz propaganda da injeção de vitamina diretamente nas veias afirma que a prática aumenta a energia, fortalece o sistema imunológico, melhora a pele, cura ressaca, queima gordura, evita o jat lag e cura uma miríade de outros problemas. Embora vitaminas sejam necessárias ao corpo, não há nenhuma base científica de que sua injeção direta traga esses benefícios.
Os tratamentos do tipo podem ser bem caros. Em uma clínica de Londres, eles custam entre 100 e 3 mil euros. Celebridades como Miley Cyrus, Cara Delevigne e Chrissy Teigen aderiram à moda, postando nas redes sociais fotos de si mesmas ligadas a bolsas de soro e vitaminas.
"Os tratamentos estão se tornando cada vez mais populares, particularmente como cura rápida para a ressaca – mas, além de não haver nenhuma evidência de que tragam benefícios, eles são potencialmente periogosos", diz a médica Marcela Fiuza, da Associação Britânica de Nutrição (BDA, na sigla em inglês).
O perigo mais imediato é infecção.
"Sempre que injeta algo em seu corpo, você está correndo o risco de infecção a partir do local onde foi feita a injeção", diz a nutricionista Sophie Medlin, especialista em alimentação intravenosa.
Agulhas pouco limpas também são um risco – agulhas compartilhadas e esterilização ruim também podem transmitir doenças como HIV e hepatite de pessoa para pessoa.
E também há a questão da aplicação, que pode ser problemática se feita por pessoas sem treinamento.
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"Se a agulha não for inserida corretamente, você corre o risco de ter uma inflamação", diz Medlin. "Se a agulha for colocada na veia errada, será incrivelmente doloroso e você pode acabar com bolhas horríveis".
"Em um contexto médico, jamais damos nada intravenoso que não seja absolutamente necessário", diz Medlin. "Simplesmente não há nenhuma justificativa médica para administrar nutrição na veia a não ser que haja falha intestinal, porque o risco é muito alto."
Confira AQUI a matéria completa.


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