By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: NSC TOTAL – Imagem: Divulgação
A bactéria Staphylococcus aureus, que causou a morte de Arthur Araújo Lula da Silva, neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por infecção generalizada, é comum: vive na pele de até 20% da população mundial. Mas, em casos raros, pode entrar no organismo via machucados, hematomas ou cortes, cair na corrente sanguínea, causar uma infecção generalizada e provocar a morte em poucas horas.
Na segunda-feira (1º), a prefeitura de Santo André afirmou que a morte de Arthur não foi causada por meningite meningocócica, conforme divulgado pelo hospital à época. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o garoto morreu por infecção generalizada causada pela bactéria Staphylococcus aureus.
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Arthur deu entrada às 7h20min de 1º de março no Hospital Bartira, da rede D'Or, com quadro instável, segundo boletim médico divulgado pela instituição. O quadro se agravou, e a criança morreu às 12h36min do mesmo dia.
Segundo Claudio Stadnik, médico do controle de infecção da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a infecção no cérebro por estafilococos tem quadro idêntico à infecção pela bactéria meningococo.
Em ambos os casos, o quadro tem grande risco de morte. Ele diz que, anos atrás, atendeu a um paciente com quadro muito semelhante ao do jovem Arthur.
Na ocasião, um garoto havia sido internado três dias depois de criar um hematoma ao bater o pé enquanto jogava bola. O menino teve febre, entrou em coma e, poucos dias depois, morreu.
— A infecção por Staphylococcus aureus imita um quadro de meningite. É difícil de diagnosticar porque o paciente evolui muito rápido, a bactéria demora para crescer nas culturas (de análise em laboratório da proliferação das bactérias) e a gente só fica sabendo depois se é de fato ela. Não há exame clínico capaz de separar as duas infecções, ambas causam rigidez de nuca, náuseas, vômitos e crises convulsivas. É uma infecção que não acontece fácil, mas todo médico de emergência e infectologista tem receio de deparar com esse tipo de estafilococos, porque é uma luta árdua entre a vida e a morte — explica o infectologista.
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A Staphylococcus aureus costuma viver na pele, sobretudo dentro do nariz. Via de regra, não causa problemas. Mas, em pessoas com predisposição genética, a bactéria pode cair na corrente sanguínea quando coçamos um local da pele onde ela está em grande quantidade e, em seguida, coçamos feridas, hematomas, cortes ou espinhas – portas de entrada para a corrente sanguínea.
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A Staphylococcus aureus costuma viver na pele, sobretudo dentro do nariz. Via de regra, não causa problemas. Mas, em pessoas com predisposição genética, a bactéria pode cair na corrente sanguínea quando coçamos um local da pele onde ela está em grande quantidade e, em seguida, coçamos feridas, hematomas, cortes ou espinhas – portas de entrada para a corrente sanguínea.
Das espécies de estafilocos, a Staphylococcus aureus é a mais perigosa. Medidas de prevenção incluem higienizar as mãos e não coçar feridas, machucados ou espinhas. O tratamento é com um derivado da penicilina, antibiótico comum em hospitais. No entanto, dada a rápida evolução e a dificuldade de diagnóstico, o perigo é alto.
— Esse tipo de quadro normalmente é avassalador. Mesmo que o antibiótico seja aplicado, é grande a chance de chegar a óbito — afirma Stadnik.
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