By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Agência Brasil
A Folha apurou que integrantes da ativa e do núcleo militar do governo Jair Bolsonaro que a afirmação feita na quarta (3) pelo ministro Ricardo Vélez sobre a narrativa histórica do golpe é apenas uma tentativa dele para manter-se no cargo. Eles farão chegar ao presidente Jair Bolsonaro que a paciência com o ministro acabou.
Isso porque os fardados, em sua maioria, compartilham a ideia de que o golpe militar que completou 55 anos no domingo passado (31 de março) foi um movimento decorrente de uma mobilização de parcela expressiva da população contra o que chamam de risco de tomada comunista do poder.
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A derrubada do governo de João
Goulart e os subsequentes 21 anos de ditadura teriam de ser inseridos nessa
visão, segundo essa interpretação.É também consenso entre oficiais generais das três Forças, de forma mais preponderante no Exército, de que os livros de história contam a narrativa dos derrotados de 1964, que passaram a ser vitoriosos na Nova República pós-1985. Assim, em outras circunstâncias, Vélez teria tocado música para essa plateia.
O problema é que o ministro está fazendo hora extra, como definiu um dos integrantes da cúpula militar. E se os fardados concordam com a essência, também estão de acordo com a ideia de que trazer o assunto à tona em plena semana seguinte ao 31 de março é um desgaste desnecessário.
Ao longo da semana passada, Bolsonaro já havia ele mesmo causado polêmica ao pedir “comemorações devidas” do aniversário do golpe.
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