domingo, 3 de fevereiro de 2019

Presidente do STJ suspende atos da Operação Rádio Patrulha


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR Imagem: Divulgação

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, suspendeu os atos da Operação Rádio Patrulha contra o ex-governador Beto Richa (PSDB) e o ex-secretário de estado José Richa Filho.
A decisão, com data de quinta-feira (31), vale até o julgamento do habeas corpus pedido em favor dos dois. Não há data marcada para o julgamento.
A operação investiga pagamentos de propina no programa "Patrulha do Campo", para recuperação de estradas rurais do estado.
Beto Richa e José Richa Filho foram denunciados por corrupção passiva e fraude à licitação. 
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Com a suspensão, todos as audiências que estavam marcadas para acontecer a partir de segunda-feira (4) foram adiadas, sem data para acontecer.
Segundo os advogados de Beto e Pepe Richa, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) sonegou de forma “explícita” documentos fundamentais ao exercício de defesa. 
A decisão teve como base uma súmula vinculante do STF que diz que a defesa deve ter acesso amplo aos elementos de prova "que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa".
No despacho em que cumpriu a determinação e cancelou os depoimentos, o juiz da 13ª Vara Criminal de Curitiba, Fernando Fischer, escreveu "não resta nada a este juizo de primeiro grau a não ser aguardar. 'Deixe-me ir, preciso andar'", citando parte do samba "Preciso me encontrar". 
Rádio Patrulha
Segundo o MP, empresários e pessoas ligadas a eles ofereciam dinheiro em troca de atos de ofício por parte de agentes públicos para vencer as licitações.
O valor acertado, de acordo com os procuradores, correspondia a 8% do valor bruto dos contratos. 
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Ao todo, diz a denúncia, foram pagos R$ 8.152.474,44 em vantagens indevidas, em 36 pagamentos mensais.
De acordo com a denúncia apresentada pelo MP, Beto era o "principal destinatário final das vantagens indevidas prometidas pelos empresários, plenamente ciente das tratativas e reuniões realizadas".
Richa foi preso no dia 11 de setembro de 2018, quando a operação foi deflagrada. Quatro dias depois, após uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, ele foi solto.
O que dizem os citados
A defesa de Beto Richa e José Richa Filho afirmou que eles nunca cometeram de qualquer irregularidade, e que sempre estiveram à disposição da Justiça para provar que são inocentes. 

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