By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: FOLHA DE S PAULO – Imagem: Alan Marques (Folhapress)
O operador Milton Pascowitch, colaborador da Operação Lava
Jato, disse em depoimento à Polícia Federal que é falso o relato do ex-sócio da
empreiteira Engevix, Gerson Almada, sobre uma suposta conta de propina na
Espanha para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em depoimento em julho de 2017, o empresário afirmou que
ficou sabendo que o operador controlava uma conta na Espanha em benefício de
Lula e do ex-ministro José Dirceu, alimentada com propina proveniente de
contratos com a Petrobras.
Na ocasião, ele disse que Pascowitch, certa vez, afirmou que
"viajaria de trem para Madri/Espanha para 'olhar a conta' que ele 'administrava'
para 'pessoas do PT'". O ex-executivo teria entendido que essas pessoas
seriam Lula e Dirceu. Almada negou ter informações ou provas relacionadas a
esta conta.
O sigilo do depoimento do empresário foi levantado no início
de dezembro. Dez dias depois, Pascowitch prestou o seu relato, negando as
acusações. Seu depoimento foi anexado aos autos da denúncia apenas nesta
segunda-feira (8).
À Polícia Federal, o operador disse que é
"manifestamente inverídica" a afirmação de Almada e que
"forneceu, em seu acordo de colaboração premiada, todos os extratos de
suas contas fora do Brasil".
Pascowitch afirmou, ainda, que intermediava pagamento de
propina em favor da Engevix unicamente em razão de contratos obtidos com a
Diretoria de Serviços da Petrobras.
Ele disse que, após aprovação de Almada, ficou acordado
pagamento de R$ 14 milhões para o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari. Segundo o
depoimento, os recursos eram destinados ao partido e em nenhum momento falou-se
em pagamentos para Lula ou Dirceu.
A DENÚNCIA
A contradição entre os depoimentos se deu no âmbito da
denúncia que acusa Dirceu de ter recebido cerca de R$ 2,4 milhões em propina
das construtoras Engevix e UTC, oriundos de desvios na Petrobras.
Em seu depoimento, Almada confirmou conteúdo de acusação
contra o ex-ministro ao dizer que firmou contratos falsos com a empresa de
comunicação Entrelinhas para o pagamento de propina.
Segundo o ex-executivo, a Engevix transferiu R$ 900 mil para
a Entrelinhas entre 2011 e 2012.A denúncia, oferecida em maio pelo Ministério
Público, ainda não foi recebida por Moro. Assim, Dirceu, por enquanto, não é
réu nesta ação.
Também foram acusados, além de Dirceu e Almada,
Vaccari, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão de Dirceu) e Walmir Pinheiro
Santana (ex-executivo da UTC).
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