Desvio entre Imbituva e Irati se transforma em atoleiro

By: INTERVALO DA NOTICIAS

Texto: Edilson Kernicki (Rádio Najuá) – Imagem: Sassá Oliveira (Rádio Najuá)

O repórter Sassá Oliveira esteve na estrada da Serra dos Nogueiras na tarde desta terça (10), para avaliar a condição da via que foi apontada pelo engenheiro da Prefeitura de Irati, José Bodnar, durante o programa Meio Dia em Notícias, como rota alternativa para o acesso de Irati a Imbituva. A sugestão de desvio surgiu em virtude da interdição da BR-153, onde o asfalto cedeu em um trecho e abriu uma cratera.
No entanto, a reportagem da Najuá se deparou com uma estrada intransitável à direita do cruzeiro da Serra dos Nogueiras, com sentido ao Lageado, que dá acesso à rodovia até Imbituva. A estrada está impraticável num trajeto de aproximadamente 3 km de extensão.
Uma fila de automóveis se formou no local, que estava sem condições de passagem, pois havia uma série de atoleiros, não só pela umidade do solo como também pelo volume do tráfego. A reportagem conversou com Zaqueu Luiz Bobato e com o agricultor Cristiano Malinoski. Zaqueu, que é morador de Imbituva e professor do departamento de Geografia da Unicentro, disse que passou pelo local em torno das 11h da manhã de ontem (10) e ainda havia condições de trânsito pela localidade de Lageado, até acessar a BR-153. O secretário de Viação e Serviços Rurais, Gerônimo Bianco, havia se comprometido a enviar o caminhão com cascalho durante a tarde.
O professor comentou que, com essa situação, acabou ilhado em Irati e que aguardava junto com os demais motoristas, desde o período da manhã, por caçambas da prefeitura que trariam cascalho para amenizar os atoleiros. Zaqueu procurou alertar a quem pretendia vir de Imbituva a Irati que evitasse o trajeto, porque essa rota alternativa é o único caminho possível, mas estava igualmente sem condições de trafegabilidade.
“Estava observando que tinha uma senhora dentro de um carro da Divisão de Saúde. A senhora estava com um balão de oxigênio, que estava acabando dentro do veículo. Como havia muitos caminhões atolados, não conseguíamos tirá-la. Aqui é o único acesso, sobretudo, para a questão da saúde pública; para as emergências de Imbituva a Irati. Acredito que é necessário nos conscientizarmos nessas horas de nos deslocarmos a Irati somente em casos de urgência mesmo”, relatou Zaqueu.
Cristiano relatou que existe também outro acesso pela esquerda do cruzeiro, mas que o trânsito por ali também estaria complicado. Ele relatou que a Prefeitura esteve no local na segunda (9) e disse que até a manhã de terça (10) o local teria passagem. O agricultor também comentou que após apelo dos moradores, um empresário de Irati cedeu um caminhão de pedra brita para tentar amenizar a situação dos atoleiros. Cristiano ainda intercedeu pelas melhorias na estrada em função de que o trajeto está sendo usado, principalmente, para o transporte de pacientes do setor da saúde.
Prefeitura destina máquinas para arrumar a estrada

Cerca de uma hora mais tarde, o repórter Sassá Oliveira conversou no local com o coordenador de Serviços Rurais, Alessandro Tribek, do Pátio de Máquinas da Prefeitura de Irati. Uma motoniveladora (patrola) e caminhões com pedras foram enviados ao local para conter os atoleiros.
“Estamos com uma motoniveladora, a princípio, e vamos providenciar também uma retroescavadeira para retirar toda a lama. Já estão vindo seis caminhões com cascalho para fazermos toda uma base para poder retomar o tráfego entre as cidades de Irati e Imbituva”, explicou Tribek. Os tratores também auxiliariam na remoção dos carros encalhados nos atoleiros.
Tribek comentou que ao mesmo tempo em que os serviços do Pátio de Máquinas eram requisitados por ali, também eram na estrada que dá acesso ao Pinho, que estavam com dois encalhadores.
Na manhã de hoje (11) a reportagem da Najuá voltou a conversar com o agricultor Cristiano Malinoski. Ele informou que somente veículos de pequeno porte conseguem circular pela estrada da Serra dos Nogueiras.
Confira o vídeo gravado por Sassá Oliveira, com edição de Anderson Harmuch. 

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