By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Douglas Belan (Diário de Guarapuava) – Imagem: Diário de Guarapuava
No início da tarde desta terça-feira, 24, a
Polícia Federal do Paraná cumpriu os 11 mandados de prisão expedidos
durante a Operação Agro-Fantasma, que combate o desvio de recursos de um
dos programas do Fome Zero, do governo federal. Entre os presos está um
funcionário da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Outras seis
pessoas da cúpula da companhia foram afastadas de seus cargos por
fortes indícios de participação no grande esquema criminoso.
Além do funcionário da Conab, 10
representantes de associações e cooperativas rurais foram presos. Sete
deles foram encaminhados à 14ª Subdivisão da Polícia Civil, em
Guarapuava. Os nomes não foram divulgados pela assessoria de imprensa da
Polícia Federal.
A operação Agro-Fantasma foi desencadeada
na manhã desta terça-feira em 15 municípios do Paraná – incluindo
Guarapuava, Foz do Jordão, Candói, Pinhão e Irati –, além de Bauru (SP) e
Três Lagoas (MS). Além dos mandados de prisão, foram cumpridos sete de
suspensão cautelar da função pública e 37 de busca e apreensão. Dos 37
de condução coercitiva (quando a pessoa é intimada a prestar depoimento
na delegacia), faltavam sete até às 13h30. A PF promete divulgar outro
balanço da ação até o fim da tarde.
Até o momento, 58 pessoas foram indiciadas
nos crimes de apropriação indébita previdenciária, estelionato contra a
Conab, quadrilha ou bando, falsidade ideológica, ocultação de
documento, peculato doloso, peculato culposo, emprego irregular de
verbas públicas, prevaricação, condescendência criminosa e violação de
sigilo funcional, todos previstos no Código Penal Brasileiro.
De acordo com o delegado da PF de
Guarapuava, Maurício Todeschini, os coordenadores de associações rurais
dos municípios sacavam os recursos repassados pela Conab, em vez de
repassá-los aos produtores. Para isso, havia o superfaturamento de notas
fiscais e a falsificação de documentos em nome de trabalhadores que
sequer tinham conhecimento da situação.
Prefeituras de algumas cidades - como
Honório Serpa - chegaram a denunciar as irregularidades para a Conab,
que, por sua vez, ignorou as denúncias, segundo a Polícia Federal.
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