By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: UOL – Imagem: Pedro Ladeira (Folhapress)
A jornalista Cláudia Cruz, mulher do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), seria a responsável pela lavagem de cerca de US$ 1 milhão em propinas, convertendo em sapatos e roupas de grife.
Segundo o procurador Deltan Dallagnol, um dos responsáveis pela investigação, um operador teria pago propina para o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada, e Eduardo Cunha para "viabilizar" a aquisição de um campo de exploração de petróleo na África, em 2011.
Claudia, que abriu a conta no exterior e omitiu a transação para as autoridades brasileiras, teria cometido dois tipos de lavagem de dinheiro. Primeiro, ocultou US$ 1 milhão da Receita Federal e depois converteu "esse dinheiro em bens como sapatos e roupas de grife", segundo os procuradores.
Ouvida no dia 28 de abril, Cláudia disse que não tinha conhecimento das contas. Para o procurador Diogo Castor de Mattos, a versão de Cláudia é "pouco crível, diante dos gastos exacerbados e completamente incompatíveis com o salário de um agente político"
Para os procuradores, a conta, em princípio, era usada exclusivamente para pagar os gastos do cartão e da família.
As investigações apontariam que o controle das contas era de responsabilidade do próprio Eduardo Cunha.
O processo em que Cláudia Cruz tornou-se ré, pelo juiz Sérgio Moro, é um desmembramento do processo que está sob sigilo no STF sobre o deputado federal.
Truts e offshore
Cunha nega que seja titular de contas no exterior e alega que ele é, na verdade, usufrutuário de trusts criados no exterior.
"Os criminosos antigos usavam laranjas e testas de ferros, os
criminosos mais modernos usam offshores e trusts", afirmou Dallagnol.
Cláudia é única controladora oficial da conta em nome da offshore
Köpek, na Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de crédito no
exterior em montante superior a US$ 1 milhão num prazo de sete anos
(2008 a 2014)
Por meio da mesma conta Köpek, a
acusada também se favoreceu de parte de valores de uma propina de cerca
de US$ 1,5 milhão que seu marido recebeu para "viabilizar" a aquisição,
pela Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo
na costa do Benin, na África, em 2011.
A
defesa de Cláudia Cruz disse que ela responderá às imputações como fez
até o momento, colaborando com a Justiça e entregando os documentos
necessários à apuração dos fatos. Destaca que não tem qualquer relação
com atos de corrupção ou de lavagem de dinheiro, não conhece os demais
denunciados e jamais participou ou presenciou negociações ilícitas.
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