By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BAND NEWS – Imagem: AEN
Um terço dos deputados da Assembleia
Legislativa do Paraná querem que a Procuradoria Geral da República e do
Estado e os Ministérios Públicos Estadual e Federal investiguem as obras
realizadas nas rodovias pelas concessionárias de pedágio. A suspeita
dos parlamentares é de superfaturamento nos contratos entre as
operadoras e as empresas terceirizadas responsáveis pela execução dos
serviços.
Na última terça-feira, 18 deputados
protocolaram um pedido de averiguação dos contratos. O argumento deles é
de que pode ter havido irregularidades porque são as próprias
concessionárias que definem os custos das obras iniciais e, ao longo da
intervenção, fixam também as despesas operacionais e administrativas.
Com isso, os preços acabariam
determinados sem, necessariamente, atender às tabelas do Departamento
Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) e do Departamento de
Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), consideradas referências de
mercado.
Entre os signatários do requerimento
está o deputado Nereu Moura (PMDB). Ele cita inclusive uma das obras que
apresentaria dados inconsistentes.
O líder da oposição da Assembleia, deputado Requião Filho (PMDB), também
está entre os autores da solicitação. No fim da tarde desta terça, os
deputados Hussein Bakri (PSD), Paranhos (PSC) e Schiavinato (PP) pediram
a inclusão das assinaturas deles em apoio à iniciativa. Paranhos foi um
dos requerentes, mas ainda não tinha assinado por motivo de doença. O
deputado Bakri, que também esteve doente, diz que os contratos, da forma
como estão, só prejudicam a população.
De acordo com o requerimento, para
justificar o sobrepreço das obras e disfarçar o suposto
superfaturamento, as concessionárias usavam empresas de consultoria. Em
2010, por exemplo, uma das operadoras teria contratado três consultorias
sem finalidade esclarecida ao custo de R$ 54 milhões.
A BandNews procurou a Associação
Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), que ainda não se
manifestou sobre a iniciativa dos deputados. Já o governo, por meio da
assessoria de imprensa, informa que o DER está aberto para qualquer tipo
de solicitação e pedido de documentos. O órgão esclarece ainda que
todas as obras nas rodovias pedagiadas são acompanhadas e fiscalizadas
pelo Tribunal de Contas da União e Ministério dos Transportes, uma vez
que 2/3 das estradas que cortam o Estado são federais.
A “Frente Parlamentar Contra a
Prorrogação do Pedágio” tem defendido que o governo do Estado deve
esperar o fim das atuais concessões para então fazer uma nova licitação
com menor custo para os usuários e a garantia de mais obras. Para o
grupo de parlamentares, a prorrogação dos contratos só interessa às
empresas que, por meio de decisões judiciais, se livraram de boa parte
das intervenções necessárias nas rodovias, mas aplicaram sucessivos
reajustes nas tarifas.
Ontem, a Alep aprovou, em primeira
discussão, o projeto de lei que exige que qualquer alteração nos
contratos de concessão das rodovias, inclusive eventuais prorrogações,
seja submetida a autorização legislativa. O texto, do deputado
licenciado e atual Secretário de Estado de Esporte e Turismo, Douglas
Fabrício (PPS) e do deputado Tercílio Turini (PPS), tramita na
Assembleia desde o ano passado.
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