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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoO ex-ministro da justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres,
está preso em Brasília. Anderson Torres estava nos Estados Unidos e
embarcou para o Brasil nesta sexta (13) à noite escoltado por policiais.
O avião aterrissou no aeroporto de Brasília às 7h18 da manhã. E assim
que o ex-ministro chegou, os policiais federais apresentaram a ordem de
prisão e o levaram para o hangar da PF.
A TV Globo apurou que Anderson Torres foi para o Brasil sem celular.
Toda operação foi discreta, sem imagens de Anderson Torres.
Por volta das 9h, Torres chegou ao quarto batalhão da Polícia Militar,
que fica no Guará, a 15 quilômetros do centro de Brasília. O
ex-secretário vai ficar preso no local de forma provisória.
Poucas horas depois, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre
de Moraes, autorizou a realização da audiência de custódia. A audiência
de custódia foi presidida pelo desembargador Airton Vieira. Ele é o juiz
instrutor do gabinete de Alexandre de Moraes.
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O advogado de Anderson Torres, Rodrigo Roca, acompanhou a audiência. Ele foi embora em seguida, sem falar com a imprensa.
Anderson Torres é policial federal e foi ministro da Justiça no governo
de Jair Bolsonaro, e sempre se posicionou em sintonia com o
ex-presidente. No dia 2 de janeiro, ele assumiu a Secretaria de
Segurança Pública do Distrito Federal.
Quando houve o ataque terrorista aos prédios públicos em Brasília, no
domingo (8), menos de uma semana depois, Torres estava de férias,
viajando para os Estados Unidos. Pouco depois do início dos ataques foi
exonerado do cargo.
Ainda no domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou
intervenção na segurança pública do DF. Com a medida, a área passou a
ser controlada pelo governo federal. Já na madrugada, o Supremo Tribunal
Federal afastou o governador Ibaneis Rocha do cargo - pelo prazo
inicial de 90 dias.
A prisão preventiva de Anderson Torres foi um pedido da Polícia
Federal, decisão referendada pela maioria do Supremo. Na determinação,
Moraes afirmou que a conduta de Torres foi conivente e omissa em relação
aos atos golpistas. Agentes da PF executaram mandado de busca apreensão
na casa do ex-secretário.
Entre o material recolhido pelos policiais, estava a chamada "minuta do
golpe". O documento era o rascunho de um decreto para instituir estado
de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
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O texto previa a decretação do estado de defesa, com vistas a
restabelecer a ordem e a paz institucional, a ser aplicado no âmbito do
Tribunal Superior Eleitoral, para apuração de suspeição, abuso de poder e
medidas inconstitucionais e legais levadas a efeito pela Presidência e
membros do tribunal, verificados através de fatos ocorridos antes,
durante e após o processo eleitoral presidencial de 2022.
Juristas consideram o documento inconstitucional porque transferia atribuições do poder Judiciário para o poder Executivo.
Em uma rede social, Anderson Torres afirmou que, como ministro da
Justiça, recebeu propostas dos mais diversos tipos. E que a minuta
provavelmente estava numa pilha de documentos que iriam ser triturados.
Os juristas afirmam que, a ser verdade a explicação de Anderson Torres,
ainda assim ele teria de explicar de quem partiu a ideia do documento.
Nesta sexta (13), o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura
de novo inquérito para investigar especificamente Anderson Torres e
também o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, que prestou
depoimento à PF.
No depoimento, Ibaneis fez uma acusação grave: a de que houve algum
tipo de sabotagem das forças de segurança nos atos terroristas de
domingo (8).
Enquanto as investigações avançam, surgem novas imagens do dia da
depredação. O Jornal o Globo divulgou gravações das câmeras internas do
Senado Federal.
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Com um carrinho, quebram mais um vidro e invadem o prédio. Um homem de
mochila lança um rojão. Depois que eles entram, policiais legislativos
tentam impedir a invasão com spray de pimenta, mas não conseguem e
recuam.
Os golpistas conseguem avançar até as proximidades do plenário, provocando mais destruição.
O Ministério Público organizou um mutirão para as mais de 400
audiências de custódia marcadas para este sábado (14), de presos nos
atos terroristas.
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