By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JORNAL EXTRA – Imagem: Divulgação
O presidente Jair Bolsonaro reclamou da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin que suspendeu a alíquota zero para importação de revólveres e pistolas.
A isenção, determinada na semana passada pela Câmara de Comércio
Exterior (Camex), do Ministério da Economia, entraria em vigor em 1º de
janeiro de 2021 e representaria uma perda de arrecadação anual de R$ 230
milhões.
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— A Camex reduziu em 20%, isentou, o imposto de
importação de armas. O Supremo, agora, na decisão de um ministro, vetou.
Não tem nada a ver com o Supremo. É exclusivo da Camex. Esse ministro
do Supremo agora vai decidir sobre legislação tributária — disse Jair
Bolsonaro a apoiadores, ao chegar no Palácio da Alvorada nesta
segunda-feira.
Na
sua decisão, atendendo a um pedido do PSB, Fachin explicou que o
direito à legítima defesa deve ser assegurado pelo Estado, e não pelo
cidadão. Para ele, a alíquota zero na importação de armas de fogo
incentiva a compra dos equipamentos por pessoas comuns.
“O Comitê
de Direitos Humanos do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos
anotou, em seu Comentário Geral nº 36, que o direito à vida compreende o
direito de não ser arbitrariamente dela privado. Assim, caberia aos
Estados regular proporcionalmente o uso da força, a fim de se assegurar a
razoabilidade com que ela é empregada”, anotou.
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Segundo o
ministro, “não há, por si só, um direito irrestrito ao acesso às armas,
ainda que sob o manto de um direito à legítima defesa”.
Bolsonaro
disse ainda que, com a mudança nos comandos da Câmara e do Senado, vai
tentar votar o chamado excludente de ilicitude, para livrar de punição
agentes de segurança responsáveis por mortes ou atos violentos durante
ação policial. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), resiste a
pautar esse tema.
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