quarta-feira, 18 de setembro de 2019

“Escola sem partido” é rejeitada em primeiro turno por deputados do Paraná


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANA PORTAL Imagem: João Paulo Vieira/APP-Sindicato

Os deputados estaduais do Paraná rejeitaram em primeiro turno a votação do projeto “Escola Sem Partido”, na noite desta segunda-feira (16). A sessão na ALEP (Assembleia Legislativa do Paraná), em Curitiba, registrou 27 votos contrários e 21 votos favoráveis ao texto.
O projeto de lei teve autoria dos deputados Ricardo Arruda (PSL) e Fernando Francischini (PSL), tendo como foco evitar o “doutrinamento” ideológico por professores nas salas de aulas do Paraná.
Para combater essa prática, os parlamentares planejam a inserção de cartazes nas escolas públicas e privadas do estado. Os conteúdos desses materiais seriam baseados em quais limites os educadores devem ter que se adequar nas salas de aulas.
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Dentro desses limites estão discussões sobre educação sexual e questões de gênero, além do compartilhamento de vertentes ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias.
Desde sua apresentação na Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) em 2016, o projeto dividiu parlamentares da casa.
Além disso, entidades públicas como a OAB-PR (Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Paraná), MPPR (Ministério Público do Estado do Paraná) e APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) já se manifestaram contrárias ao projeto.
Para o deputado Professor Lemos (PT), as discussões sobre conteúdos de educação básica devem ficar restritas as casas do legislativo nacional.
“Não compete a Câmara de Vereadores e Assembleias Legislativas fazerem alterações no currículo da educação básica brasileira e muito menos no do ensino superior”, explicou Lemos.
Já para Arruda, a iniciativa do projeto é legal e visa apenas defender a integridade dos alunos das escolas paranaenses.
“O que os professores tem que fazer, e os bons professores já fazem, é dar aula sobre a matéria do currículo escolar e não induzir o aluno a virar uma réplica dele”, defendeu Arruda.


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