By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Policia Civil
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) não
descarta a versão de que Jaqueline Carvalho dos Santos Gonçalves, 18 anos,
tenha sido morta por conflitos familiares ligados à crenças religiosas. O
Samuel Gonçalves, 45 anos, foi preso na noite de ontem no bairro Tatuquara, em
Curitiba, na residência da família, local em que aconteceu o crime, como
principal suspeito. A mãe foi levada à delegacia, ouvida e liberada em seguida.
Convergência de depoimentos e resultados periciais foram determinantes para a
prisão do pai – que nega ter cometido o crime contra a filha.
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Para o delegado Victor Bruno da Silva Menezes, responsável
pelas investigações, existia um conflito familiar provocado pela diferença de comportamento
entre gerações e essa versão está sendo apurada pela polícia. “O que podemos
apontar é que, de fato, existia um conflito familiar, um conflito de gerações.
Os pais eram mais conservadores, a menina tinha um comportamento mais moderno,
da idade dela, e existiam conflitos anteriores à morte com relação a esses
aspectos. Não podemos afirmar, de maneira categórica, que o elemento religioso
foi o estopim. Mas, existam conflitos fortes no seio familiar e o presente
momento é o mais forte que temos. Não podemos falar sobre esses conflitos,
infelizmente, por ser de índole pessoal e até por conveniência investigativa.
Então, isso ficará em segredo”, detalhou.
Na versão do pai, ele foi o primeiro a encontrar a menina morta dentro do
quarto, quando levantou de madrugada. O delegado disse à imprensa que o pai
estava ligado diretamente à cena do crime. “No momento, temos convergentes o
relato de que estava na cena do crime, praticou e enrolou o plástico na cabeça
da vítima. Temos a perícia técnica que diz que é impossível que ela tenha
enrolado o plástico na própria cabeça”, disse.A hipótese de uma pessoa ter invadido a casa também foi descartada pelos policiais. “É impossível que a casa tenha sido invadida. Essa versão que terceiros entraram na casa para efetuar o homicídio foi excluída.
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O suicídio
foi descartado, também, são várias voltas para fazer essa máscara e pelas
condições apresentadas seria impossível que ela conseguisse fazer até executar
a própria morte”, detalhou o delegado.Samuel segue com um comportamento tranquilo, segundo o delegado, assim como em depoimentos anteriores. Ele nega qualquer participação no crime.
Depoimentos sigilosos
De acordo com as investigações, os paramédicos relataram que ouviram o pai da vítima e outros membros da igreja que a família frequenta proferir diversas vezes frases do tipo “glória a Deus” junto ao corpo de Jaqueline. Depoimentos desses profissionais de emergência, que chegaram por primeiro no local, foram determinantes para a prisão do pai. Entretanto, segundo a Polícia Civil, o conteúdo dele será mantido em segredo para não atrapalhar a conclusão do inquérito.
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