sábado, 6 de abril de 2019

Menino ficou abalado e quebrou arma após amigo morrer com tiro acidental


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: TV Anhanguera 

O menino de 10 anos que atirou acidentalmente contra o amigo, em Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia, ficou abalado após o crime e chegou a quebrar a arma, de acordo com a Polícia Civil. Ele vai receber acompanhamento psicológico após o caso. Os dois estavam sozinhos em casa quando o disparo aconteceu.
João Vitor Barbosa, de 10 anos, estava em casa na quinta-feira (5) quando chamou um amigo da escola para brincar na residência. 
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De acordo com as investigações, o garoto pegou a arma do pai e ensinou o colega a mexer, achando que estava descarregada.
Porém, a espingarda estava municiada e houve um disparo acidental, que acertou o tórax de João Vitor. Ele chegou a ser resgatado, mas morreu a caminho do hospital.
“O amigo da vítima ficou muito abalado. Ele foi trazido para a delegacia e, inicialmente não foi dado a notícia do óbito, esperamos ele receber todo o acompanhamento psicológico necessário”, explicou o delegado Bruno Costa e Silva. 
João Vitor Barbosa morreu com um tiro acidental em Goianira
A arma foi encontrada quebrada. “A criança contou que, por raiva, após o disparo, arremessou a espingarda contra a parede e, quando ela caiu, parte dela quebrou”, contou o delegado. 
Ainda de acordo com as investigações, a arma era usada pelo pai da vítima para caçar. O homem deve prestar depoimento nos próximos dias. Ele deve responder por posse ilegal de arma de fogo e também por homicídio culposo, por conta do fácil acesso ao armamento.  
No velório, familiares estavam muito abalados. Uma parente, que não quis se identificar, disse que João Vitor não tinha amizade com o garoto que estava na casa. Além disso, suspeitam que o tiro não foi acidental.
“Cheguei lá e a casa estava toda revirada, tinha vestígios no fogão, cigarro no chão. Possivelmente não foi brincadeira, ele está os dedinhos queimados. Entraram para judiar dele”, disse a mulher.
Porém, o delegado diz que o caso é tratado como acidente. 
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“Pelos depoimentos que ouvimos, não há indícios de outra pessoa na casa. O médico legista foi enfático em dizer que não há nenhum sinal de lesão, muito menos de tortura”, completou o delegado.
O colega da vítima não é considerado nem autor e nem investigado. De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente, ele vai receber proteção e acompanhamento especializado. 

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