By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: Divulgação
A Câmara de Vereadores de Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná,
aprovou a abertura de processos disciplinares contra três parlamentares,
na sessão realizada na noite de segunda-feira (8). Os processos vão
investigar se houve quebra de decoro parlamentar e podem terminar na
cassação dos três.
Na sessão, a Câmara votou pedidos de abertura de processos contra
quatro vereadores, no entanto uma das solicitações foi rejeitada.
Foram analisados pedidos feitos contra os vereadores Adelar Neumann
(DEM), Nilson Hachmann (PSC), Dorivaldo Kist (MDB) e Josoé Pedralli
(MDB). O pedido contra Pedralli não foi aprovado.
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Denúncias
Neumann foi preso em flagrante pelo Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no dia 4 de fevereiro, por suspeita
de extorsão, concussão e tráfico de influência.
O vereador é investigado por ficar com parte do salário de um servidor
comissionado da prefeitura. Ele está em prisão domiciliar, monitorado
por tornozeleira eletrônica, mas recebeu autorização da Justiça para
frequentar as sessões. A abertura de investigações contra ele foi
aprovada por unanimidade.
Neumann disse que foi a favor da abertura das investigações para que todos os fatos sejam esclarecidos.
Vereadores Adelar Neumann (DEM), Nilson Hachmann (PSC) e Dorivaldo Kist (MDB)
Hachmann é suspeito de usar empresas em nome de terceiros, mas que
seriam dele, para participar de licitações da prefeitura. Isso é
proibido pela Constituição e pelo Código de Ética da Câmara. Foram sete
votos favoráveis a abertura das investigações e seis contrários.
O vereador Nilson Hachamann disse que as empresas não são dele e o
Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) concluiu que não houve
irregularidades nas contratações.
Contra Dorivaldo Kist, conhecido como Neco, pesa uma denúncia de que o
vereador ficou com parte dos salários de uma funcionária da prefeitura
comissionada que foi indicada por ele. Segundo a denúncia, a
comissionada repassava R$ 1 mil do salário para o edil. Foram oito votos
a favor da abertura do Processo Disciplinar e cinco contrários.
Já o pedido contra Josoé Pedralli foi rejeitado. Ele foi denunciado por
ter supostamente recebido da prefeitura mais de R$ 30 mil por serviços
de manutenção de consultoria em telefonia. Essa situação teria ocorrido
entre 2009 e 2010, quando Pedralli não era vereador.
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O parlamentar disse
que não recebeu nenhum valor ilícito.
Próximos passos
Assim que os vereadores foram notificados, a Comissão de Ética e Decoro
Parlamentar terá 90 dias para investigar os casos e apresentar os
relatórios finais. A Câmara votará sobre a cassação ou não dos mandatos
após a apresentação desses pareceres.
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