By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: Theo Marques/Framephoto/Framephoto/Estadão
A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu, nesta quinta-feira (7), reduzir a pena do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho para sete anos, quatro meses e 20 dias de prisão em regime semiaberto.
Carli Filho foi condenado por júri popular em fevereiro
do ano passado, por duplo homicídio com dolo eventual a nove anos e
quatro meses de prisão - pelas mortes de Gilmar Rafael Souza Yared e
Carlos Murilo de Almeida - em um acidente de trânsito, em 2009.
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Desde a condenação, o ex-deputado aguarda em liberdade o julgamento da apelação do júri popular. O julgamento começou em 12 de dezembro e foi suspenso por divergências sobre o tempo de prisão.
Os desembargadores retomaram o julgamento nesta quinta-feira, com a
conclusão pela redução da pena, com cumprimento em regime semiaberto.
O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR) informou que devido
ao número de presos à espera por vagas no regime semiaberto ser maior do
que as vagas disponíveis, o ex-deputado deve cumprir a pena com o uso
de tornozeleira eletrônica.
Julgamento da apelação
Em dezembro, os desembargadores analisaram se o julgamento foi justo,
conforme as regras do direito, e se o cálculo da pena tinha sido
adequado. O julgamento sobre Carli Filho ser culpado ou inocente não foi
julgada, visto que já havia sido definida a decisão pelo júri popular.
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No julgamento da apelação, o relator do caso, desembargador Naor
Macedo, manteve a pena para ser cumprida inicialmente em regime fechado.
Já o revisor, desembargador Clayton Camargo, reduziu a pena para sete anos de reclusão, em regime semiaberto.
O vogal, desembargador Miguel Kfouri, também divergiu na pena, fixando
em sete anos, quatro meses e 20 dias, também em regime semiaberto. Nesta
quinta-feira, Clayton cedeu ao entendimento do Kfouri, e definiu ao
mesmo tempo de pena.
'Jurisprudência para outros casos'
Após a decisão dos desembargadores, a mãe de um dos jovens mortos no
acidente e deputada federal, Christiane Yared (PR), lamentou o
resultado.
"Minha tristeza é que esse caso pode abrir jurisprudência para outros
casos. Se dizia que a sentença do júri popular é soberana, mas não é
(...) A Justiça do Paraná perdeu a oportunidade de mostrar algo para o
país. Os assassino de trânsito continuam matando e vão continuar",
disse.
Christiane também disse que a família não pretende recorrer. "Teria até
como recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça, mas não quero mais. Quem
se machuca sempre sou eu, e me falaram que as chances são muito pequenas
de haver uma mudança", afirmou.
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