By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
Agostinho Moraes da Silva se diz “amigo” e trabalhava lado a lado de
Fabrício Queiroz, figura central no esquema de repasses suspeitos dentro
do gabinete do ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Em
depoimento inédito que faz parte da investigação do Ministério Público
Estadual do Rio de Janeiro (MPE-RJ), Agostinho chamou Queiroz de “chefe
de gabinete” – o que ele jamais foi – e retratou o colega como
extremamente habilidoso nos negócios automotivos. Tanto que, de acordo
com o relato do próprio Agostinho, ele resolveu dar quase 60% do
salário, todo mês, para Queiroz investir na compra de carros. O G1 apurou com fontes da investigação que a versão é, inicialmente, vista como frágil e carente de comprovações.
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Agostinho alega que o retorno chegava até 18% e vinha rápido, em um
mês. Ele disse aos promotores que nunca devolveu parte do salário a
Flávio Bolsonaro ou a Queiroz. Mas fazia uma TED (Transferência
Eletrônica Disponível) sempre que entrava o pagamento para investir com o
“amigo”.
Eram cerca de R$ 4 mil reais de um salário líquido de R$ 6.787,49
(julho/2018). O lucro vinha em espécie. E sem jamais Agostinho ter
declarado as operações à Receita Federal. Disse que “nunca perguntou a
Fabrício o motivo de ele pagar os lucros em dinheiro vivo”. Agostinho
afirmou que Flávio Bolsonaro não teria conhecimento da prática – nem da
existência de funcionários fantasmas.
Ele também contou aos investigadores que repassou dinheiro a Queiroz
para ser substituído no gabinete em alguns dias. Segundo ele, ao lado de
Queiroz e outro funcionário, foi organizada “uma espécie de regime de
plantão o qual cada um trabalhava 3 dias por semana”. “E que, quando um
dos 3 não podia comparecer no dia escalado, um cobria o outro mediante
remuneração”.
O valor era R$ 400. Pagos duas vezes. Foi assim que ele justificou os
R$ 800 reais de repasse para Queiroz encontrados no Relatório de
Informações Financeiras (RIF) do Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (COAF) que serve como base da investigação.
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A Alerj informou
que “não é permitido aos servidores ou aos gestores fazer qualquer tipo
de negociação sobre sua carga horária envolvendo pagamentos em
dinheiro”.
Agostinho, assim como Queiroz, é ex-policial militar. Ele disse que não
precisava bater ponto. O trabalho dele era realizar “atividades
externas determinadas por seu superior”, como “envio de documentação e
transporte de pessoas enfermas”, e ajudar na segurança de Flávio
Bolsonaro.
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