By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: G1
O anúncio acontece em meio à pressão para que ele permita a entrada de
ajuda humanitária oferecida pelos EUA e por países vizinhos após pedido
do autoproclamado presidente interino Juan Guaidó. Maduro vê a oferta dessa ajuda como uma interferência externa na política do país.
Após o anúncio, muitos venezuelanos correram para vir ao Brasil e comprar estoques de mantimentos em Pacaraima (RR).
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"Estamos correndo contra o tempo o mais rápido possível para poder
passar antes que a fronteira feche", disse o venezuelano Genson Medina,
de 22 anos.
O porta-voz do presidente Jair Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, informou em uma entrevista coletiva que o Brasil mantém a programação de enviar a ajuda humanitária no próximo dia 23.
De acordo com o porta-voz, os medicamentos e os alimentos serão
transportados até Boa Vista e Pacaraima por motoristas brasileiros. A
partir da fronteira, explicou, deverão ser transportados por motoristas
venezuelanos.
Foto: Reuters/Andres Martinez Casares
O chavista também está estudando o fechamento da fronteira venezuelana
com a Colômbia. Guaidó iniciou nesta quinta uma viagem em comboio de 800
km à fronteira da Colômbia, onde vai pressionar pela entrada de ajuda
humanitária.
A Guarda Nacional da Venezuela chegou a interromper a viagem de uma
caravana de deputados da oposição que se dirigem para essa fronteira, o
que obrigou os líderes a descer dos ônibus no túnel de La Cabrera, que
une os estados centrais de Aragua e Carabobo.
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Houve um princípio de conflito, e membros da Guarda lançaram gás
lacrimogêneo nos deputados, que apenas horas mais tarde conseguiram
seguir viagem.
Fronteira entre Brasil e Venezuela, por volta das 18h40 de quinta-feira (21) — Foto: Alan Chaves/G1
Esta é a segunda vez que a Venezuela fecha sua fronteira com o Brasil em menos de um ano. Em maio de 2018,
venezuelanos e brasileiros foram impedidos de cruzar os limites entre
os países durante três dias por causa da eleição presidencial na qual
Maduro foi reeleito.
Na ocasião, a fronteira foi fechada às 21 horas de 18 de maio, uma
sexta-feira, e assim permaneceu até às 6 horas da segunda-feira, dia 21.
Mas, ao mesmo tempo em que rejeita a entrada no país de ajuda
humanitária vinda dos EUA e de países vizinhos, Maduro anunciou nesta
quinta-feira a chegada de 7,5 toneladas de medicamentos vindos da
Rússia. Ele diz, porém, que o governo venezuelano está pagando pelos
remédios.
"É assistência humanitária, apoio humanitário porque está vencendo um
bloqueio, mas os venezuelanos não são mendigos de ninguém e é por isso
que nós continuamos saldando todas as nossas dívidas", disse.
Segundo Maduro, a Venezuela sofre com um bloqueio promovido pelos
Estados Unidos, devido às sanções que este país aplica a setores do
governo venezuelano.
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'Venezuela Aid Live'
No próximo sábado está marcado um "grande show" no lado colombiano da
fronteira, chamado "Venezuela Aid Live", que foi anunciado no dia 14 de
fevereiro pelo empresário britânico Richard Branson, fundador do Grupo
Virgin.
Reconhecido por dezenas de países
como o chefe de Estado legítimo da Venezuela, Guaidó disse que seu
movimento pretende recolher a ajuda por terra e mar no sábado para
aliviar a escassez generalizada de alimentos e remédios. Ele fez
campanha para que os venezuelanos se voluntariassem para trabalhar na distribuição da ajuda.
Guaidó anunciou que nesta quinta foram enviadas de Miami a Curaçao mais
50 toneladas de produtos doados por venezuelanos que moram na cidade
americana.
Ainda não está claro como Guaidó planeja receber a ajuda. Integrantes da
oposição sugeriram a formação de correntes humanas através da fronteira
colombiana para passar pacotes de pessoa a pessoa e frotas de barcos
provenientes das Antilhas Holandesas.
Envolvimento do Brasil
O governo brasileiro mobilizou uma força-tarefa de ministérios
para enviar alimentos e medicamentos "ao povo da Venezuela”, que estão
sendo levados até as cidades de Boa Vista e Pacaraima, ambas em Roraima,
e seriam buscados por caminhões venezuelanos, conduzidos por cidadãos
do país vizinho. Os próprios venezuelanos teriam de cruzar a fronteira
com os produtos. A operação acontece em parceria com os EUA.
Pence na Colômbia
Nesta quinta, o governo americano anunciou ainda que o vice-presidente
dos Estados Unidos, Mike Pence, viajará para a Colômbia na segunda-feira
(25) para reforçar o apoio do governo de Donald Trump a Guaidó, em sua
disputa de poder com Maduro.
"O vice-presidente declarará claramente que chegou a hora de Nicolás
Maduro se afastar", afirma a assessoria de Pence em um comunicado. O
texto afirma ainda que o vice-presidente participará da Colômbia em uma
reunião do Grupo de Lima, criado em 2017 para promover uma saída para a
crise venezuelana.
Caminhões chegam com ajuda humanitária perto de Tienditas, na fronteira
entre Venezuela e Colômbia, neste domingo (17). — Foto: Carlos Eduardo
Ramirez/Reuters
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