sábado, 15 de dezembro de 2018

Planetas que orbitam estrelas 'gêmeas' do Sol podem ter vida, apontam cientistas brasileiros


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BBC BRASIL Imagem: Divulgação

O ser humano pode não estar só na galáxia da Via Láctea. Pelo menos é a possibilidade que se abre com os resultados de um estudo com 53 estrelas gêmeas do Sol, realizadas por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), publicado recentemente na publicação científica Monthly Notices of Royal Astronomical Society (MNRAS).
A pesquisa sugere condições geológicas favoráveis para o surgimento e manutenção da vida em planetas rochosos que eventualmente orbitam esses astros. E que ela poderia estar espalhada por toda a galáxia e ter se originado em qualquer época de sua evolução.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas avaliaram a abundância de tório (232Th) nas gêmeas solares pesquisadas, localizadas numa distância entre 50 e 300 anos-luz do Sol (um ano-luz é a distância percorrida em ano pela luz no espaço, o que equivale a cerca 9,5 trilhões de quilômetros).
Isso foi feito por meio da análise de espectros ópticos de alta qualidade e resolução em comprimento de onda, coletados utilizando um espectrógrafo ultraestável, chamado HARPS, que está instalado no telescópio de 3,6 m do European Southern Observatory (ESO), no Chile.
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Embora o tório não seja o único elemento determinante, esse químico radioativo é um dos requisitos para o surgimento, evolução e manutenção da vida num determinado mundo. Para que isso ocorra, além da presença dele, é necessário que a órbita do planeta esteja na zona habitável ao redor da estrela, ou seja, a uma distância dela em que água possa se manter líquida.
Segundo o pesquisador André de Castro Milone, da Divisão de Astrofísica do Inpe, orientador do doutorando Rafael Botelho, primeiro autor do artigo, outros requisitos para o surgimento da vida num planeta é a existência de uma atmosfera presa pela gravidade e de um campo magnético para protegê-lo do fluxo de partículas energéticas e nocivas aos seres vivos emitidas por sua estrela hospedeira.
"Também é fundamental que ele seja geologicamente ativo, como a Terra, com terremotos e vulcões, que proporcionam o chamado ciclo do carbono, que mantém a temperatura do nosso mundo adequada à vida." Isso só é possível graças ao tectonismo de placas.
O globo terrestre é feito de camadas como, a grosso modo, uma cebola. No centro fica o núcleo, cujo ponto central está a uma profundidade de cerca de 6.370 quilômetros, com uma temperatura de 6.000 ºC, semelhante a da superfície do Sol. Acima dele vem o manto, de consistência pastosa, parecida com a de um asfalto quente, com uma espessura de cerca de 2.950 km e 100 ºC em sua parte superior e 3.500 ºC na mais profunda, na interface com o núcleo. Trata-se do magma, que pode ser visto quando expelido por vulcões.
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Ele é recoberto pela crosta, a camada mais superficial e menos espessa do planeta, na qual vivemos, com uma média de 40 km de profundidade. Junto com a parte superior do manto, sólida, ela forma a litosfera, com 100 km de espessura, que, por sua vez, está dividida em gigantescas placas rochosas, chamadas tectônicas, que flutuam sobre o manto de magma, carregando oceanos e continentes.
Existem 10 dessas grandes jangadas de pedra - Africana, Antártica, Arábica, Eurasiática, das Filipinas, Indo-Australiana, de Nazca, Norte-Americana e do Caribe, do Pacífico e Sul-Americana, - e várias outras menores. São essas estruturas que modelam a superfície da Terra, erguendo montanhas e causando terremotos e tsunamis, quando se chocam. O que faz essas placas flutuarem e se movimentarem sobre o manto é um fenômeno chamado convecção, que é um movimento ascendente ou descendente de matéria num fluído devido ao calor.
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