By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: YAHOO – Imagem: Élio Kohut
(Intervalo da Noticias)
De acordo com balanço do jornal Folha de S.Paulo,
35 alvos da Operação Lava Jato conseguiram se eleger neste domingo (7).
Outros 46 ficaram de fora da Câmara dos Deputados e do Senado. Dos que
lograram sucesso, seis são réus, 24 são investigados e seis são
denunciados. Outros cinco alvos da operação vão disputar o segundo
turno.
Na
lista de eleitos, estão políticos que foram intensamente alvejados na
Lava Jato, como os senadores reeleitos Renan Calheiros (MDB), em
Alagoas, e Ciro Nogueira (PI), no Piauí, que chegou a ser alvo de buscas
já na reta final da campanha, em desdobramento da delação da Odebrecht.
Já o veterano Jader Barbalho (MDB) foi o mais votado para o Senado no
Pará.
Houve
ainda três investigados que conseguiram se eleger, mas foram
“rebaixados”: os hoje senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Aécio Neves
(PSDB-MG), que, desgastados pelas investigações, decidiram concorrer a
deputado federal. Gleisi, presidente nacional do PT, foi a terceira mais
votada em seu estado.
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A reportagem da Folha
levantou entre os candidatos ao menos 18 réus (em ações penais, cíveis
ou eleitorais), 12 alvos de acusações já concluídas no Ministério
Público (denúncias apresentadas ou ações de improbidade) e outros 57 com
investigações em andamento com relação à operação iniciada no Paraná.
A
maior parte envolve desdobramentos das “listas de Janot”, como ficaram
conhecidos os inquéritos pedidos pelo então procurador-geral da
República em decorrência das delações da Lava Jato. Essas candidaturas
foram mais favorecidas com recursos do fundo eleitoral, já que os
partidos direcionaram mais dinheiro a políticos com mandato ou mais
conhecidos.
Com
o novo entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o foro especial,
parte das investigações e procedimentos sobre esses políticos vem sendo
enviada a instâncias inferiores nos estados.
Entre
os 46 alvos da operação que concorreram e foram derrotados, há nomes de
primeira grandeza da política nacional, como a ex-presidente Dilma
Rousseff (duas vezes denunciada pela Procuradoria-Geral da República), o
ex-governador paranaense Beto Richa, que chegou a ser preso durante a
campanha, e o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).
A
lista inclui ainda o senador Romero Jucá (MDB-RR), líderes tucanos,
como Cássio Cunha Lima (PB) e Marconi Perillo, e petistas conhecidos do
Congresso, como Marco Maia (RS) e Lindbergh Farias (RJ).
Réu
em ação penal aberta pelo juiz Sergio Moro, o ex-deputado Cândido
Vaccarezza, que era do PT e agora está no Avante, tentou voltar a Câmara
dos Deputados e fez apenas 5.200 votos em São Paulo.
Ao
longo da campanha, houve críticas a iniciativas de autoridades ligadas à
operação que atingiram candidatos em plena campanha. Faltando um mês
para o primeiro turno, os presidenciáveis Geraldo Alckmin (PSDB) e
Fernando Haddad (PT), por exemplo, foram alvos, respectivamente, de ação
de improbidade e de denúncia, derivadas de delações de empreiteiras.
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No
Rio de Janeiro, além dos investigados que sofreram reveses nas urnas,
filhos de dois dos principais presos da Lava Jato também acabaram não
eleitos. O deputado federal Marco Antonio Cabral (MDB), filho do
ex-governador Sérgio Cabral, não foi reeleito, e Danielle Cunha (MDB),
filha do ex-deputado Eduardo Cunha, foi derrotada. Danielle havia obtido
R$ 2 milhões do MDB do Rio, via fundo eleitoral, para financiar sua
campanha.
Outros
11 congressistas que são réus no Supremo Tribunal Federal, em casos não
ligados à Lava Jato, disputaram a eleição. Desses, oito foram
derrotados, como André Moura (PSC), líder do governo Michel Temer no
Congresso, que tentou o Senado em Sergipe, Sebastião Bala Rocha
(PSDB-AP), que concorreu ao Senado, e Alberto Fraga (DEM), que ficou em
sexto lugar na disputa pelo governo do DF.
O deputado federal Silas Câmara (PRB) foi um dos mais votados do Amazonas.
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Réus da lava jato eleitos
– Aécio Neves (PSDB-MG)
eleito deputado federal e réu em ação penal no STF
– Aécio Neves (PSDB-MG)
eleito deputado federal e réu em ação penal no STF
– Arthur Lira (PP-AL)
eleito deputado federal e réu em ação penal no STF
eleito deputado federal e réu em ação penal no STF
– Eduardo da Fonte (PP-PE)
eleito deputado federal e réu em ação penal no STF
eleito deputado federal e réu em ação penal no STF
– Agripino Maia (DEM-RN)
eleito deputado federal e réu em ação penal no STF
eleito deputado federal e réu em ação penal no STF
– Mário Negromonte Jr.
eleito deputado federal e réu em ação de improbidade no Paraná
eleito deputado federal e réu em ação de improbidade no Paraná
– Vander Loubet
eleito deputado federal e réu em ação penal no STF
eleito deputado federal e réu em ação penal no STF
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Denunciados pela PGR eleitos
– Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) – Câmara
– Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) – Câmara
– Ciro Nogueira (PP-PI) – Senado
– Gleisi Hoffmann (PT-PR) – Câmara
– Jader Barbalho (MDB-PA) – Senado
– Odair Cunha (PT-MG) – Câmara
– Renan Calheiros (MDBL-AL) – Senado
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