By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
O padre Marcos Roberto
Ferreira, 37 anos, foi condenado a 33 anos, dois
meses e seis dias de prisão, em regime fechado, pelo crime de estupro
de vulnerável. Os casos foram registrados em maio do ano passado, em Santa
Catarina, quando o sacerdote levou cinco crianças e adolescentes para
um retiro na cidade de Joinville.
O caso julgado diz respeito a
abusos cometidos contra dois menores, de 12 e 13 anos. Um deles afilhado do
réu. A defesa do padre nega as acusações e diz que ele vai recorrer da decisão
de primeira instância.
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A Diocese de Joinville se
manifestou por meio de nota e informou que Marcos está afastado do ministério
sacerdotal desde que as denúncias foram conhecidas, em junho do ano passado. O
processo corre em sigilo para preservar as vítimas. O padre também recebeu
sentença de dois anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto por ter
dado bebida alcoólica para crianças e adolescentes.
Marcos está preso desde junho de
2017 em São Francisco do Sul, após a Polícia Civil de Santa Catarina levantar a
existência de pelo menos cinco casos de abusos cometidos nas cidades de São
Francisco do Sul e Joinville.
Em um dos casos, os policiais utilizaram como prova a troca de mensagens entre
uma das crianças e os pais. A vítima, de 13 anos e natural de São Francisco do
Sul, participava de um retiro em Joinville quando se trancou no banheiro e
pediu que os pais fossem buscá-lo com medo dos atos do padre.
Os casos teriam ocorrido na
Paróquia Santa Paulina, em São Francisco do Sul, e em retiros religiosos
organizados pelo padre À Polícia, familiares das vitimas relataram que o padre
frequentava suas casas e mantinha contato de proximidade com as crianças além
do aceitável.
O religioso foi removido de
paróquia antes de casos virem à tona
Das 15 testemunhas ouvidas durante
inquérito policial, apenas uma teria dito que não via maldade na relação do
padre com as crianças. Já as demais testemunhas relataram casos ainda
desconhecidos pela investigação, como episódio de um garoto que ficou trancado
na casa do sacerdote que clamava por socorro enquanto ele estava na paróquia.
Outra testemunha afirmou ter visto o padre tocando as partes íntimas de uma
criança.
Quando os casos vieram à tona,
Marcos tinha sido removido pouco antes de São Francisco do Sul para Joinville
e, mesmo assim, continuava levando crianças por onde passou para seus retiros
religiosos – ou para dormirem em sua casa.
A Diocese de Joinville diz que
diante da condenação em primeira instância “continuará o processo canônico que culminará
na redução ao estado laical do referido padre, ou seja, definitivamente não
exercerá mais o ministério sacerdotal”, segundo manifestou por meio de nota.
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