By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
A defesa do soldado da Polícia
Militar (PM) Diogo Coelho Costa, principal suspeito do
desaparecimento da universitária Andriely Gonçalves da Silva, de 22
anos, quebrou o silêncio e falou pela primeira vez sobre o caso. Em entrevista
à Banda B nesta quinta-feira (24), o advogado Luiz
Goldman afirmou que o ex-marido da jovem é inocente e que acredita que ela
tenha ido embora para São Paulo.
A estudante de Direito sumiu no dia
9 de maio e, desde então, a família não tem nenhuma notícia sobre o paradeiro
dela. De acordo com Goldman, na noite do desaparecimento, Andriely pediu para
que o soldado levasse um notebook até a casa dela. Os dois passam pelo processo
de divórcio, mas já estavam separados há alguns meses.
“As imagens
das câmeras de segurança estão corretas. Diogo foi com o
computador até a residência naquele horário [às 23h56] porque era justamente
quando ela chegava da faculdade. A próxima gravação, da madrugada, mostra a
jovem saindo de casa com ele. Sem ser coagida, Andriely entra na porta do
passageiro e, durante o trajeto do carro, segundo o soldado, começa a conversar
com outra pessoa pelo celular”, relatou Goldman à reportagem nesta quinta-feira
(24).
Em um determinado momento, segundo
o ex-marido, a universitária pediu para que ele a deixasse perto de um ponto de
ônibus ou de um terminal, o que ele acabou fazendo. Diogo alega que essa foi a
última vez que ele a viu.
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“Ela deve estar em São
Paulo”
O advogado comentou que o soldado
sabia que Andriely teria conhecido uma pessoa pelas redes sociais e que
demonstrou ter vontade de ir embora porque estava apaixonada. “Ela já tinha ido
para São Paulo em uma semana anterior, porque o pai dela é de lá. Parece que a
jovem então conheceu essa outra pessoa, não sei se eles mantiveram um
relacionamento ou não, e disse que não queria mais continuar em Colombo”.
O sangue no carro
Além das imagens das câmeras de
segurança, já mencionadas por Goldman, outro indício encontrado pela polícia
aponta um suposto envolvimento do policial no desaparecimento da ex-esposa: o
sangue encontrado no veículo dele com a ajuda do luminol, substância química
que torna visível manchas que não podem ser vistas a olho nu.
Sobre essa evidência, a defesa
afirmou que se trata de sangue de menstruação. “A Andriely tem endometriose, o
que causa um sangramento muito intenso no período menstrual. O carro em questão
era usado por ambos e ele disse que, algumas vezes, ela foi pega de surpresa
pela vinda da menstruação, manchando o banco do veículo”, completou.
Mensagens para a sogra
Goldman disse que ainda não escutou
a versão da mãe de Andriely e que não leu o inquérito, mas acredita que as
mensagens enviadas pelo Diogo para ela pelo celular, após o desaparecimento,
foram apenas no intuito de dizer que não sabia onde ela estava, e de explicar
quando tinha sido o último contato com a ex-mulher.
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Inocência
A defesa vai insistir na tese de
que Diogo é inocente. “Seria infantil ele praticar qualquer ato contra a
Andriely uniformizado e com câmeras de segurança. É incoerente acusá-lo. Ele me
contou que ficou chateado com o fim do casamento, mas que jamais faria nada de
errado. O fato de ele permanecer calado até agora é uma questão de orientação
nossa, já que não tivemos acesso ao inquérito”, finalizou.
O próximo passo, agora, é aguardar o trabalho da
polícia para analisar se a defesa solicita um habeas corpus ou se espera o
término da prisão temporária. Diogo está preso desde o último sábado (19).
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