By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RPC – Imagem: Divulgação
Um farmacêutico de Maringá, no norte do Paraná, foi morto a facadas e
enterrado no próprio quintal, de acordo com a Polícia Civil. O corpo foi
localizado na noite de sábado (19), após a prisão de dois suspeitos.
A dupla, segundo a polícia, confessou ter cometido o crime para roubar a
caminhonete da vítima. A ação teria contado com o apoio de um terceiro
criminoso, já identificado e ainda não localizado.
Carlos Henrique Hortencio, 55 anos, era amigo de um dos detidos,
segundo a polícia. O suspeito, de 23 anos, teria atraído o farmacêutico
para uma emboscada, com auxílio de outros dois rapazes, ambos de 20
anos.
A vítima foi rendida com uma faca na noite do dia 10, após dar carona
para os três jovens.
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Hortencio combinou pegar o grupo na Avenida Joaquim
Duarte Moleirinho, de onde seguiriam para um show musical. Os
passageiros anunciaram o assalto durante o trajeto, conforme a polícia.
"Ele foi amarrado, colocado no porta-malas e levado para a zona rural.
Desde o começo, o plano era matá-lo para ficar com a caminhonete", diz o
delegado Laércio Cardoso Fahur, da divisão de Furtos e Roubos da 9ª
Subdivisão Policial.
Hortencio foi assassinado com dois golpes de faca no pescoço, em uma
estrada de terra na zona rural. Segundo a confissão dos suspeitos, o
corpo foi enterrado durante a madrugada do dia 11 no quintal da vítima,
na Rua Cariovaldo Ferreira, Vila Operária.
Além da caminhonete, foram roubados um celular, um computador, cartões
de crédito e a carteira de trabalho do farmacêutico. Também foi levado
um disco rígido que armazenava imagens das câmeras de segurança do
imóvel.
A caminhonete é o único pertence ainda não recuperado. Os suspeitos disseram à polícia que trocaram o veículo por drogas.
Desconfiança
Parentes do farmacêutico, que morava sozinho, prestaram queixa do desaparecimento à polícia no dia 17, seis dias após o crime.
Conforme a polícia, o intervalo de seis dias, entre o desaparecimento e
a queixa, aconteceu porque mensagens enviadas para o celular de
Hortencio vinham sendo respondidas.
"Um dos rapazes ficou com o celular e respondia as mensagens de
parentes, como se fosse a vítima, dizendo que estava tudo bem, que
estava viajando", diz o delegado.
Mas, ainda conforme o delegado, quando os parentes pediam resposta por
áudio, ele desconversa, e isso gerou a desconfiança da família.
Investigadores chegaram até os suspeitos com base em depoimentos de
pessoas próximas, que passaram a descrição de um do suspeito que
frequentava a casa do farmacêutico.
O jovem foi localizado e preso no sábado, em um hotel de Moreira Sales,
na região central do Paraná. Outro suspeito foi detido em casa, na zona
sul de Maringá. Um terceiro é considerado foragido.
De acordo com a polícia, os investigados são todos moradores de Maringá e não possuem emprego fixo.
Os três suspeitos tiveram a prisão preventiva decretada e devem ser
acusados de latrocínio e ocultação de cadáver. A soma das penas pode
chegar a 33 anos de prisão.
O corpo da vítima foi velado na manhã deste domingo (20) e enterrado no Cemitério Municipal de Maringá.
Tragédia em família
Em 2 julho de 2015, a família do farmacêutico sofreu outro choque: o
assassinato do irmão de Carlos Henrique Hortencio, também em um
latrocínio em Maringá.
O comerciante José Hamilton Hortencio, então com 54 anos, jantava com a
esposa e o filho em casa, quando dois bandidos invadiram o imóvel, no
Jardim São Silvestre. O comerciante reagiu ao assalto e morreu baleado.
Os dois bandidos envolvidos na morte do comerciante foram presos e
condenados, cada um, a 20 anos de regime fechado por latrocínio.
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