By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: A REDE – Imagem: Divulgação
O crime bárbaro que ocorreu na madrugada desta segunda-feira
(28), em que uma adolescente de 14 anos matou a mãe Lucimara Hass (foto acima), de 50 anos, em Imbituva, teve novas
revelações. Em depoimento que durou algumas horas para a Polícia Civil, a jovem
confessou o crime e apontou um rapaz de 19 anos como envolvido no caso, que
negou a participação. Segundo o delegado Guilherme Luiz Dias há o envolvimento
de uma terceira pessoa: outra adolescente, menor de idade, que será ouvida.
Todos faziam parte do mesmo grupo do Whatsapp.
O delegado explica que a relação entre a mãe e filha mudou
com a morte do pai da jovem, em março deste ano. O objetivo inicial da
adolescente era fazer viagens para o parque temático Beto Carreiro e a praia de
Balneário Camboriú, ambos em Santa Catarina, e para visitar um namorado virtual
em São Paulo. Contudo, faltava dinheiro. A solução: o cartão de crédito da mãe.
O pedido foi negado.
Foi então que a jovem criou um grupo do Whatsapp, com os
outros dois suspeitos. “Ela confidenciou para uma amiga sobre o que estava
planejando. No grupo, ela deu a ideia de matar a própria mãe. Os outros membros
aceitaram a ideia e, por algum tempo, ficaram planejando como seria a morte”,
explica o delegado Guilherme.
Envenenamento e utilização de uma arma de fogo foram
cogitados. Contudo, a inspiração para o esfaqueamento veio através dos filmes,
conforme o depoimento apontado por Guilherme. “A adolescente viu, pelos filmes,
que esfaqueamento seria rápido. Só que não foi: ela deu o primeiro golpe no
pescoço. A mãe tentou lutar pela vida, mas em sequência vieram outras facadas”.
O delegado comenta que o horário da morte não era
premeditado, mas que a jovem passava as madrugadas nas redes sociais, onde
tinha uma ‘vida virtual’ agitada, com cinco mil contatos apenas no Facebook.
“Ela estava conversando com um namorado virtual, quando disse que já voltava.
Foi próximo às 4h30, mas não era planejado (o horário)”.
Tentativa de homicídio contra a irmã
A jovem pretendia matar, ainda, a irmã mais velha que morava
na casa ao lado. Guilherme explica que ciúmes seriam uma das motivações. “A mãe
era mais apegada à irmã. Como ela acreditava que as mortes por esfaqueamento
eram rápidas, ela depôs que iria chamar a irmã dizendo que a mãe estava
passando mal e iria mata-la”.
Os gritos da mãe, que lutava pela vida, chamaram a atenção
dos vizinhos, o que impediu da jovem executar o crime contra a própria irmã.
“Prazer e medo”
O intrigante é que, durante o depoimento, questionada sobre o que sentiu na hora que esfaqueava a mãe, a jovem descreveu uma sensação de “prazer e medo”. Segundo a jovem, em seu depoimento, ela tinha muita curiosidade em saber como seria matar alguém. A Polícia Civil segue conduzindo as investigações.
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