By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PORTAL TERRA – Imagem: Nunah Alle/PSOL
 O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero pediu demissão do cargo no 
último dia 18 e alegou que o ministro Geddel Vieira Lima o pressionou a 
intervir junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
 (Iphan) para liberar a construção de um edifício de alto padrão em 
Salvador, onde ele adquiriu um imóvel. Segundo depoimento prestado por 
Calero à Polícia Federal, o presidente Michel Temer também o teria 
abordado a respeito da situação. Ontem, Temer argumentou que estava 
apenas "arbitrando conflitos" entre decisões divergentes de um órgão 
público.
 Pouco antes de protocolar o pedido, o líder do partido na Câmara dos 
Deputados Ivan Valente questionou os argumentos dados por Michel Temer. 
 "O que eles estava advogando é sobre uma causa privada do ministro 
Geddel que ficou irritado porque o seu colega ministro não tinha dado um
 jeitinho para resolver o seu problema pessoal. E nesse sentido o Temer 
se atolou nesse episódio e praticou crime de responsabilidade ao ferir 
com o decoro com o que é esperado para o seu cargo", disse o líder do 
partido na Câmara dos Deputados, Ivan Valente.  Com o desgaste do 
episódio, Geddel pediu demissão na última sexta (25).
 Agora, caberá ao presidente da Casa Rodrigo Maia (DEM-RJ) decidir se 
dará seguimento ao pedido ou se o arquivará. "Acreditamos que o Maia não
 fará de imediato, de forma ostensiva, a desqualificação dessa peça 
jurídica. Sabemos que o governo está na defensiva, que errou 
drasticamente e estão receosos de que haja um grande comoção popular, 
mas se ele for arquivar terá que mostrar o embasamento jurídico para 
tal", disse Valente.
 O pedido de impeachment é baseado no depoimento que Calero deu à 
Polícia Federal, no dia 19 de novembro. Para o PSOL, Temer praticou 
crimes de responsabilidade contra probidade administrativa porque deixou
 que autoridades diretamente subordinadas a ele praticassem atos de 
abuso de poder sem serem responsabilizadas. O partido afirma que Temer 
também praticou abuso de poder ao instar Calero a procurar uma solução 
que agradasse a Geddel.
 "Pelo contrário, buscou encontrar 'saídas' para que as pretensões de 
Geddel fossem atendidas, se não pelo Iphan, pela AGU, com a finalidade 
de resolver as "dificuldades operacionais" criadas por Calero ao não 
querer interferir de forma ilegal no processo administrativo do edifício
 La Vue Ladeira da Barra", diz o pedido de impeachment.
 O lider do partido de Maia na Câmara, Pauderney Avelino (AM) disse não 
ver motivos para a abertura de um pedido de impeachment. "Não houve 
crime de responsabilidade. Pelo que eu ouvi ontem [em entrevista 
coletiva] o presidente Michel Temer dizer, não havia nenhuma razão para 
ele mentir ou falar diferente, portanto, não vejo nenhum razão. É uma 
forçação de barra o pedido de impeachment", disse. 
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